Grávida denuncia ter sido agredida por segurança de rede de fast food

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
06/04/2018 às 21:57.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:13

Um segurança terceirizado do Mc Donald´s do bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte, é acusado de agredir uma mulher grávida oito meses.

A educadora social Tatiana Santa Silva, grávida de oito meses, denunciou que foi agredida no último sábado (31), por das 15h, por um segurança do Mc Donald´s que fica na avenida Engenheiro Carlos Goulart.  

Ela conta que estava na companhia do marido e foi buscar uma sobrinha e enquanto esperavam, entratam comprar um sorvete. Três adolescentes que estavam do lado de fora do estabelecimento, pediram um sanduíche. Ela disse que sim e entrou. Na saída, ainda no estacionamento, ela entregou o lanche, mas se deparou com outras três crianças, com idade entre nove e treze anos, sendo xingadas e agredidas por um homem que se identificou como segurança da rede. "Violação de direitos não dá pra passar batido. Eu cheguei com toda educação para conversar com ele e avisar que ele não podia colocar a mão nas crianças", contou ela.

Foi então que o homem teria empurrado a grávida e dado um soco na barriga dela. Além da agressão física, o segurança também teria xingado a vítima. "Meu marido tentou conter o homem, sem usar de violência" mas também levou um soco. Os meninos começaram a gritar. "Tão batendo na grávida. Ele então bateu também nas crianaças", desabafou ele. 

Nessa momento, os clientes começaram a sair para ajudar e tudo ficou muito confuso. "Foi tudo tão absurdo que eu não conseguia acreditar, fiquei estática. Só quando meu marido veio separar é que eu entendi o que havia acontecido"

Mesmo atordoada, ela ligou para a polícia. De acordo com o B.O., o funcionário contou aos militares que havia três adolescentes na porta do estabelecimento e ele pediu que eles se retirassem, mas os menores se negarem e começaram a atirar pedras. O segurança disse que apenas revidou as agressões. 

Os adolescentes e a gestante foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para a UPA Oeste. Em seguida, todos foram para a Delegacia. Ela e o marido também fizeram exame de corpo de delito. Ela e o bebê passam bem. A educadora também acompanhou as crianças e a mãe delas para o registro da denúncia e garantiu que elas não sofressem mais violações.

Ela compartilhou o espisódio numa rede social e disse que em nenhum momento foi procurada pela rede. Mas recebeu uma ligação de uma empresa de segurança, que confirmou que homem seria um funcionário e estaria de folga naquele dia. Para a surpresa dela, o representante estava apenas interessado em saber se ela possuía alguma nota fiscal de consumo da loja.

O Mc Donald´s informou por meio de nota que está apurando os fatos para tomar as providências cabíveis. A Polícia Civil está investigando o caso.

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