Gravidez no começo da pandemia trouxe insegurança, mas muito mais felicidade

Renata Galdino
rgaldino
15/05/2020 às 19:27.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:31
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Manter o equilíbrio emocional é a recomendação de especialistas para quem está, em meio ao caos provocado pelo novo coronavírus, à espera de um bebê.

Praticar meditação, descansar e cuidar da saúde são essenciais para as mulheres passarem esse período com tranquilidade.

“Grávidos” de quatro meses, a coordenadora de TI Cláudia e o biólogo Marcos Hanashiro, de 42 e 34 anos, respectivamente, garantem tomar todos os cuidados.

Foram três anos de tentativas, com alguns tratamentos e inclusive fertilização in vitro, até descobrirem que a família vai aumentar.

O sonho se concretizou bem no início da pandemia e nem os pais do casal ficaram sabendo da gravidez de imediato – só depois que completaram três meses de gestação. A futura mamãe conta que teve receio por conta da Covid-19. “Cheguei a ficar estressada, até pensei ‘por quê fui arrumar menino agora?’. Mas conversamos com a médica, ela pediu para eu ficar em isolamento e para me cuidar. Fomos curtir o momento depois dessas conversas”.

Quando a gravidez foi revelada a familiares e amigos, alegria e esperança. “Algumas pessoas disseram que precisavam de uma boa notícia e que a estávamos trazendo. Foi bem legal a corrente que todo mundo fez. Hoje estamos bem tranquilos”, conta a coordenadora de TI. 

Mas o período tem sido de distância dos parentes, para evitar o risco de contágio. Cláudia não sai na rua e o marido, que não está em home office, é quem faz as compras no supermercado e na farmácia. A volta para o lar, porém, é uma verdadeira operação de guerra. “Como moramos em casa, já tiro a roupa na garagem”, diz Marcos.

Para a chegada
A esperança de Cláudia e Marcos é que a pandemia já esteja controlada dentro de cinco meses, época prevista para a chegada do neném. “Que este mundo já esteja tranquilo de se viver, estável, que as coisas estejam melhores”, diz o biólogo.

Tirar o foco do negativo e se amparar no positivo é o que deve ser feito, destaca a psicóloga Silvia Rezende. “A mulher pode escolher se desesperar ou trabalhar o emocional, o acolhimento ao bebê. Não se deve pensar em morte ou que algo vai dar errado. Ela precisa pensar na vida que está carregando e o quanto essa vida é importante para o planeta”.

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