Greve continua e sindicato afirma que 69% das escolas estaduais estão paradas total ou parcialmente

Anderson Rocha
@rochaandis | arocha@hojeemdia.com.br
06/03/2020 às 11:43.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:51
 (Divulgação/ Isís Medeiros/ Sind-UTE/ MG)

(Divulgação/ Isís Medeiros/ Sind-UTE/ MG)

A greve na rede estadual de ensino de Minas Gerais segue, nesta sexta-feira (6), por tempo indeterminado. O percentual de adesão está em 69% das escolas do Estado, entre paralisação total ou parcial. O número foi atualizado nessa quinta pelo próprio movimento após reunião dos profissionais no pátio da Assembleia Legislativa, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, que decidiu pela continuidade na paralisação.

Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o crescimento da adesão à paralisação demonstra "resposta efetiva da categoria" diante da "falta de propostas" do Governo de Minas e do "descumprimento do piso salarial nacional", além do "sucateamento da educação pública em Minas". 

Nesta sexta-feira (6), os profissionais de educação realizam plenárias locais e regionais, rodas de conversa e mobilizações como forma de ampliar a adesão à greve. Para os próximos dias, estão previstos os seguintes atos:

  • 8/3 – Participação em todas as regiões do Estado nos atos do Dia Internacional da Mulher, levando as reivindicações da greve;
  • 9/3 – Comandos de greve locais;
  • 10/3 – Atos regionais pela sanção da emenda;
  • 12/3 – Assembleia Estadual.

Após a assembleia da tarde dessa quinta, os trabalhadores da educação estadual seguiram em passeata até a Praça 7. O movimento contou com participação de profissionais da educação municipal, que também estão em greve - contrariando a determinação judicial para que retornassem ao trabalho. Pela manhã, diretores do Sind-UTE/MG se reuniram para uma negociação com o governo de Minas.Divulgação/ Isís Medeiros/ Sind-UTE/ MG

Assembleia foi realizada no pátio da ALMG

Entre as reivindicações da categoria, estão as sanções ao Projeto de Lei 1.451/2020 e à Emenda 2/2020, que oferece isonomia salarial ao funcionalismo e o pagamento do piso à educação.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) afirmou que ainda está avaliando a emenda aprovada na Assembleia Legislativa, que prevê aumento salarial para a categoria. Segundo a pasta, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) está recebendo representantes dos sindicatos de todas as categorias.

"Até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento, o governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio", informou. A SEE ainda declarou que encaminhou para as Superintendências Regionais de Ensino a solicitação de elaboração, junto às escolas, de um cronograma parcial de reposição para os dias paralisados.

Por fim, a secretaria afirmou que respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação do Estado e reiterou que tem mantido "um diálogo franco e aberto" com representantes sindicais.

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