Greve Geral tem grande adesão e serviços públicos trabalham em escala mínima

Sara Lira - Hoje em Dia
29/05/2015 às 12:13.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:16
 (Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

Diversos serviços públicos em Minas Gerais e em Belo Horizonte foram afetados pela paralisação nacional contra a terceirização trabalhista nesta sexta-feira (29). Copasa, Cemig, bancos e escolas aderiram ao movimento, que tem como objetivo principal se manifestar contra o Projeto de Lei 4330/2004, que regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho.

Durante a manhã, funcionários da Cemig trabalharam em escala mínima. Mas à tarde, a intenção é que a paralisação seja geral, de acordo com o diretor do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), Joubert Fernando de Paula.

“Aderimos à greve nacional pois somos contra a terceirização. Na Cemig, um funcionário morre a cada 45 dias em serviço. E destes, 80% são terceirizados”, comentou. Segundo ele, só neste ano foram três mortes.

Para o representante do Sindieletro, a aprovação da Lei da Terceirização é um retrocesso. “É um mecanismo de exploração do trabalhador, uma forma de retirar benefícios”, completou. Bancos da capital também amanheceram com as portas fechadas. Por todas as agências, bancários colavam cartazes avisando sobre a paralisação.

Na capital

Na rede municipal de ensino, das 189 escolas 16% paralisaram totalmente e 68% funcionam de forma parcial. Já das 102 Unidades Municipais de Educação Infantil (Umei), 12% estavam de portas fechadas nesta sexta e 58% atendiam parcialmente aos alunos. O serviço de limpeza urbana não ocorreu nesta sexta pois os funcionários também aderiram à paralisação nacional.

Além disso, nas Unidades de Saúde da capital, cujos colaboradores já estavam de greve, apenas os serviços emergenciais funcionam, mas em escala mínima.

Outro órgão que também havia decidido pelo movimento grevista na última quinta-feira (28) e que fez coro ao movimento nacional, foi o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).

A medida foi decidida devida à falta de resposta do Governo de Minas sobre as reivindicações da categoria. Dentre elas estão aumento salarial, a revisão do plano de carreira, revogação do decreto que devolve o dinheiro do Ipsemg para ele próprio administrar, volta da medicina do trabalho para o instituto e diminuição da carga horária dos enfermeiros para 30 horas semanais.

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