O começo das aulas para os calouros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no segundo semestre deste ano, pode atrasar por causa da greve dos servidores e dos professores. Apesar de a universidade manter a previsão de retomada do período em 6 de agosto, as matrículas dos alunos só serão feitas após o término das paralisações, que seguem por tempo indeterminado. No dia 11 de junho, um ato de protesto do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes) obrigou a reitoria da UFMG a suspender o registro acadêmico dos calouros – primeiro passo para as matrículas. Centenas de estudantes que foram ao local, alguns vindos de cidades distantes, tiveram que voltar sem o cadastro prévio. Segundo a assessoria de imprensa da universidade, o direito de greve dos funcionários é respeitado e medidas estão sendo implementadas para minimizar os impactos da greve, mas elas não foram detalhadas. Nesta sexta-feira (22), os técnicos administrativos da UFMG decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Segundo a coordenadora geral do Sindifes, Cristina del Papa, a paralisação vigora em nível nacional e conta com a participação de servidores da UFMG, do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). A categoria exige a reposição da perda salarial inflacionária de 30% nos três últimos anos e uma nova carga horária de 12h ininterrupta, reduzindo a jornada semanal de 40h para 30h. Os professores universitários também fizeram uma assembleia nesta sexta-feira e decidiram manter a paralisação. Os professores aguardam a proposta do governo Federal na próxima semana e voltam a se reunir no dia 28.