Greve nas universidade federais deixa alunos apreensivos

Izabela Ventura - Do Hoje em Dia
19/07/2012 às 19:55.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:41
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

A greve dos professores de universidades federais, iniciada em 17 de maio, já atinge 57 das 59 instituições no país. Em Minas Gerais, as 13 universidades federais e institutos tecnológicos estão parados. Enquanto aguardam a solução do impasse entre a categoria e o governo, milhares de alunos não sabem quando retomarão a vida acadêmica. O diretor do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh), professor Armando Neves, acha difícil que o semestre letivo na maior instituição pública em Minas, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que aderiu à greve no dia 19 de junho, recomece em agosto, como prevê o calendário oficial. No entanto, o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz, informou que o início das aulas está mantido para o dia 6 de julho.   Segundo o diretor do Apubh, muitos professores chegaram a encerrar o semestre anterior, aplicando as provas finais, mas a maioria não lançou as notas. “Provavelmente haverá reposição das aulas, mas ainda não nos reunimos para discutir essa questão”, disse.   Armando Neves acredita que os alunos da Federal de Minas estejam “relativamente tranquilos com a situação”, mas não é o que o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG, Guilherme Lima, de 28 anos, percebe. Ele sente um clima de receio, angústia e desinformação entre os alunos. “Muitos não sabem quando vão se formar e os que estão ingressando não sabem quando vão começar o curso”, disse.   O sentimento de Guilherme, que é aluno do 10º período de medicina, é de revolta. “Consideramos que a greve não seja em prol de melhorias para a educação do país”, afirmou. Prestes a entrar no 8º período de odontologia da UFMG, Eduardo Marques, de 26 anos, está preocupado com os rumos da greve. Ele conta que, no fim do semestre passado, os professores aplicaram as provas decisivas, mas tiveram que adaptar o cronograma de avaliações práticas, já que os funcionários dos laboratórios também estão parados.

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