Grupo formado por professores e alunos de Medicina darão suporte ao protesto

Gledson Leão - Hoje em Dia
26/06/2013 às 13:49.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:29

Um grupo de 30 pessoas, formado por professores e alunos do curso de Medicina da Unifenas e da UFMG, vai dar suporte ao protesto desta quarta-feira (26) em Belo Horizonte. Eles vão acompanhar a manifestação e, caso seja necessário, eles vão prestar os primeiros socorros às pessoas que passarem mal ou ficarem feridas em caso de confrontos ou acidentes.

O estudante Lucas Vieira, de 22 anos, diz que a ideia surgiu após o protesto ocorrido no último sábado (22). "Eu estava na manifestação na avendida Antônio Carlos quando um rapaz caiu de cima do viaduto José de Alencar. Eu e meu professor, que estava no local, fizemos o primeiro atendimento".

Segundo Vieira, ao perceberem que o rapaz estava gravemente ferido, eles ligaram para o Corpo de Bombeiros, que não pode atender a ocorrência. "Eles disseram que, devido à manifestação, não havia como chegar com uma ambulância no local. Então nós pegamos o rapaz e o levamos até a barreira policial mais próxima para que ele fosse socorrido".

O professor da Unifenas, Geovano Iannotti, que ajudou no socorro, relata que aquela foi uma experiência bastante complicada. "Se não bastasse a adrenalina de ter que socorrer uma pessoa ferida, ainda tivemos que enfrentar bombas e a hostilidade da polícia enquanto buscavamos socorro para o rapaz".

Parcerias

No protesto desta quarta-feira (26), o grupo vai usar jalecos brancos para facilitar a indentificação. Eles fizeram uma parceria com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. "Caso seja preciso, vamos socorrer as pessoas e levá-las até as bases dos bombeiros, conforme ficou combinado com a corporação. A PM também irá nos ajudar", explica Lucas Vieira.

O grupo vai acompanhar a manifestação durante todo o protesto. "Juntamos dinheiro e compramos os materiais necessários para o atendimento. Em especial água e leite de magnésio, que podem ser usados para socorrer as pessoas atingidas por gás lacrimogênio. Esse é o procedimento adequado, o vinagre não ajuda muito", explica o professor Geovano Iannotti.

Os estudantes e médicos se dizem favoráveis aos protetos. Eles também ressaltam que são contrários aos atos de vandalismo e aos confrontos entre manifestantes e policiais. "Esperamos que o movimento não siga rumo ao Mineirão para que não haja confrontos, nem pessoas feridas. Mas se houver, estaremos lá para socorrer a quem for preciso", finaliza o professor.

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