Uma mulher passou por um susto na manhã desta sexta-feira (11). Sequestrada enquanto aguardava o irmão na porta da casa dele por volta de 8h30, ela chegou a ficar por cinco minutos em poder dos bandidos, até ser encontrada pela Polícia Militar. O período não foi longo, mas o suficiente para a empresária de 38 anos se sentir apavorada. "Tive medo do pior", desabafa.

De acordo com o comandante da 10ª Cia., pertencente ao 5º batalhão, major Alexandre dos Santos, dois homens de 31 e 19 anos, sendo um deles armado, abordaram a vítima na rua Dona Tina quando ela estava no carro, no bairro Palmeiras, região Oeste da capital, e a obrigaram a passar para o banco do passageiro para seguir com eles.

"Ele seguiam no sentido da Caixa Econômica. Tudo indica que iriam levar a vítima para lá para sacar algum valor em dinheiro", informou.

De acordo com a vítima, a todo momento um deles a ameaçava com o revólver na cintura. "Eles pediram meus cartões de banco e minhas senhas. Eu passei e entreguei minha bolsa também. Disse que eles podiam levar o carro, mas que me deixassem ir embora", lembra.

No entanto, segundo ela, os suspeitos conversavam por telefone com outros dois comparsas, e diziam que não iriam libertá-la. "Me preocupei porque já tinham dois e outros dois estavam a caminho. Eu tive medo não apenas de morrer, mas de algo pior como um estupro", conta.

Abordagem

Quem acionou a Polícia Militar foi uma testemunha que viu na hora que a mulher foi abordada. "No mesmo instante, os militares realizaram operação de cerco e bloqueio na principais vias da região. Quando os autores chegaram na avenida Úrsula Paulino, já no bairro Betânia, também região Oeste, a dupla foiabordada", relatou o militar.

Com os suspeitos foi apreendida uma arma de fogo, utilizada para ameaçar a mulher. Segundo o militar, a dupla conversava com outros dois jovens que davam cobertura ao sequestro.

No mesmo local os policiais avistaram o veículo, um Fiat Punto de cor preta, com os dois suspeitos. Eles tentaram fugir com o carro, mas foram detidos pelas viaturas.

Os rapazes de 25 e 20 anos negam que tinham participação no crime. "Eu estava no bairro fumando maconha quando ele (um dos assaltantes que ameaçou a mulher) me ligou me pedindo ajuda. Mas não disse o que era. Eu vim e a polícia me prendeu", disse ele que já tem antecedentes criminais por roubo.

O veículo usado pelos dois foi roubado no dia 17 de agosto e teve a placa clonada. O rapaz assumiu a propriedade do carro e afirmou saber que o automóvel era roubado. A polícia vai apurar se foi ele o autor do assalto a este veículo.

Já o outro rapaz afirmou que estava na rua quando o amigo o chamou para "dar um rolé". "Não sabia o que ele iria fazer", disse. A PM, no entanto, acredita que os quatro eram sim comparsas.

Eles foram encaminhados para a 36ª Delegacia da Polícia Civil do Barreiro, onde a ocorrência será encerrada. De acordo com o major Alexandre Santos, eles podem ser autuados pelos crimes de extorsão e sequestro.
 

Outra dupla usava carro clonado que dava cobertura para os sequestradores. Foto: Polícia Militar/ Divulgação
 

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