Guarda Municipal suspende trabalho externo  e recolhe porte de arma de dupla acusada de abuso

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
23/03/2017 às 20:22.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:51
 (Flávio Tavares / Hoje em Dia)

(Flávio Tavares / Hoje em Dia)

O homem que alegou ter sido vítima de ameaça e abuso de poder por parte de dois agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte (GMBH), na manhã desta quarta-feira (22), retirou a queixa do crime durante a tarde desta quinta-feira (23).

Independente disso, a corporação informa que a medida preventiva de suspensão temporária do porte de arma dos envolvidos foi adotada. A dupla também chegou a ser afastada do trabalho nas ruas, passando a executar apenas tarefas administrativas, na sede da GMBH.

Conforme determinação expedida pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, as determinações serão mantidas até que a apuração dos fatos seja concluída.

O corregedor da Guarda Municipal, Genilson Zeferino Ribeiro, afirma que a sociedade tem o direito de saber sobre todo e qualquer tipo de atitude imprópria praticada por agentes públicos. Ele disse ainda que as apurações terão continuidade e serão aceleradas, respeitando  o contraditório e a ampla defesa dos acusados, para o total esclarecimento do caso.

"De forma alguma, este episódio poderá ou deverá ser visto como sinal de uma falta de comando da Guarda Municipal de BH sob sua tropa. Pelo contrário, isso mostra de forma inequívoca que a corporação e, sobretudo, a Secretaria Municipal de Segurança jamais será conivente com qualquer servidor que faça uso indevido da força ou do poder a ele confiados", enfatizou.

Histórico

Segundo coordenador do policiamento do 22ª Batalhão de Polícia Militar, sargento Dalson Ferreira Victor, o morador de um imóvel localizado no bairro Alto Vera Cruz, região Leste de Belo Horizonte, acionou a PM após ter sido ameaçado, com armas de fogo, por dois agentes que estavam de folga e um comerciante.

O desentendimento teria começado depois que o proprietário da casa morreu, há cerca de uma semana. “A vítima (inquilino) relatou que três homens chegaram no local determinando sua saída em três dias, uma vez que o dono havia morrido. A vítima comprovou através de contrato que aluga o imóvel há 11 anos e que não deixaria o local, já que estava com toda a documentação regular”, conta o sargento. 

Com a negativa do homem em sair da residência, o trio acabou mostrando as armas, tentando coagir a vítima a deixar o local. Após a saída dos guardas, o homem chamou a polícia, que localizou a caminhonete utilizada pelos suspeitos parada na rua Desembargador Saraiva, no mesmo bairro. “Para a polícia, o comerciante disse que foi ao local especulando se o terreno estava invadido, mas não soube explicar o motivo de fazer isso. E disse que chamou dois amigos da Guarda Municipal para garantirem a segurança”, diz Dalson.

Para a polícia, os agentes da GMBH, que estavam de folga e armados, disseram que atenderam ao pedido do comerciante que havia informado uma suposta invasão em seu terreno.

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