Guardas municipais entregam reivindicações para prefeitura

Danilo Emerich - Hoje em Dia
16/01/2015 às 18:27.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:41
 (Sindibel/Divulgação)

(Sindibel/Divulgação)

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) entregou na tarde desta sexta-feira (16) um ofício com as reivindicações dos guardas municipais da capital. Nenhuma reunião foi agendada ainda entre a categoria e a prefeitura, que promete estudar as demandas.   Segundo o Sindibel, vários guardas escalados para trabalhar nesta sexta-feira faltaram ao serviço. Eles deveriam retornar ao serviço às 18h, após o protesto realizado pela manhã. Na próxima quarta-feira (21), uma assembleia deverá ser feita entre os guardas. Eles alegam que se não houver nenhum indicativo de retorno da prefeitura, a categoria poderá entrar em greve por tempo indeterminado.   Segundo a assessoria de imprensa da Guarda Municipal de BH, do efetivo escalado nesta sexta-feira, 225 agentes não foram ao trabalho. Não foi informado quantos deveriam ter trabalho. O órgão informou que foi feito um remanejamento e não houve prejuízo para funcionamento de nenhuma unidade da PBH, como postos de saúde, escolas ou outros prédios.   Na manhã desta sexta-feira, cerca de 300 guardas pararam suas atividades e se reuniram em frente à sede da corporação, na avenida dos Andradas. De lá, seguiram em passeata até a prefeitura, na avenida Afonso Pena. Em seguida, foram para a Praça 7, onde se juntaram com grevistas da saúde.   Estopim   O protesto dos guardas municipais e o indicativo de greve teve início com a confusão entre os agentes municipais e policiais militares, na tarde desta quinta-feira (15), próximo à rodoviária de BH. Durante a briga, uma guarda feminina ficou ferida ao receber de um policial um tiro de bala de borracha no rosto. Além disso, outro GM foi preso.   Segundo informações de testemunhas, o caso começou quando Daleimar Hilário Moreira, de 47 anos, 2º sargento reformado da PM, foi abordado por fazer transporte clandestino no entorno da rodoviária da capital.    Após ser abordado pela irregularidade, o militar teria reagido à prisão, por desacato e desobediência. Ele agrediu os guardas municipais, que revidaram e usaram uma arma de choque elétrico - chamada de taser, para conter o agressor, que teria chamado por telefone a PM.    Em seguida, o cabo Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37 anos, disparou com uma escopeta, um projétil calibre 12 de borracha, que atingiu o rosto da guarda municipal. Um outro guarda também chegou a ser agredido e depois detido pelos militares, mas foi liberado posteriormente.   Na versão da PM, o tiro teria sido acidental. “Ela e o guarda Peixoto tentaram tomar o armamento do militar e acabou acontecendo o disparo. Depois disso, eles agrediram o cabo com chutes, socos e pontapés”, conta o diretor jurídico da Associação dos Praças Militares e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), soldado Berlinque Cantelmo.    Por causa da confusão, na noite de quinta-feira, dezenas de guardas municipais se reuniram e fizeram protesto na Praça 7. O ato provocou grande congestionamento na região Central da capital.   O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela corregedoria das duas corporações.   *Com informações de Ricardo Rodrigues e Gabriela Sales

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por