Cerca de 150 servidores administrativos das Superintendências Regionais de Ensino estão acampados na Assembleia Legislativa de Belo Horizonte na tentativa de pressionar o Governo do Estado a atender suas reivindicações. A categoria, que está em greve há 70 dias, tem como principal reivindicação a equiparação salarial dos analistas com os chamados analistas inspetores, que ganham R$ 3,6 mil. Para os técnicos, a reivindicação é uma remuneração equivalente a 85% disso, ou seja, R$ 3.060.
A categoria em greve abrange cerca de 3,5 mil pessoas. São cerca de 1,5 mil analistas, que recebem um salário inicial de R$ 2.425, e outros 1,9 mil técnicos, que recebem um inicial de R$ 1.340 (bruto). Os manifestantes começaram a chegar à Assembleia ainda na manhã desta quarta-feira (7).
No início da tarde, um grupo foi recebido pelo presidente da Casa, o deputado Adalclever Lopes (PMDB), que se dispôs a intermediar a negociação com o Governo do Estado. Durante todo o dia, cerca de 100 servidores permaneceram ocupando a recepção do gabinete da Presidência. Outros 500 manifestantes ocuparam o Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira, em frente à Praça da Assembleia.
O Governo do Estado ofereceu aos analistas um aumento de 5% e, aos técnicos, 16%. Ainda assim, esse aumento ocorreria de forma escalonada, em dois anos, a partir de 2016. A proposta do governo foi recusada. Os servidores reivindicam ainda a criação de um grupo de trabalho para acabar com o que eles consideram algumas distorções na carreira.