O helicóptero que caiu em Escarpas do Lago, município de Capitólio, região Centro-Oeste de Minas, nesse domingo (22) não tinha autorização para fazer voos panorâmicos com os turistas, segundo informações da Agênia Nacional de Aviação Civil (Anac). "Para oferecer voos panorâmicos a aeronave precisa estar registrada como táxi aéreo e o piloto ser habilitado como piloto comercial. Em relação ao caso mencionado, de acordo com Registro Brasielrio Aeronáutico (RAB), a aeronave acidentada neste domingo estava registrada como privada, logo não poderia ofertar serviço de voos panorâmicos", explicou em nota.
Quanto ao piloto, a Anac informou que ele estava devidamente habilitado para operar a aeronave, que também estava com a documentação de acordo com RAB.
Nesta segunda-feira (23), peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estiveram no local para a retirada dos destroços do helicóptero que caiu no Lago de Furnas.
No dia do acidente, quatro pessoas estavam no helicóptero. Os passageiros Lívia Carolina Maria de Jesus Torres Afonso, Isabela Cristina Serafim Rodrigues e Tiago Rosa Travassos, todos de 31 anos, tiveram ferimentos leves. Eles foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para o Hospital de Santa Casa de Misericórdia, em Passos, região Sudoeste de Minas. Apenas o piloto não teve ferimentos.
A suspeita é a de que o acidente tenha sido motivado por uma rajada de vento no motor caudal do helicóptero. Em depoimento à Polícia Civil, o piloto Anderson Lourenço Nunes, de 29 anos, declarou que a força do vento deixou o equipamento instável, o que teria contribuído com a queda. Para evitar um desastre maior, o piloto teria utilizado as águas para o pouso.
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A prática irregular de táxi-aéreo é uma infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e deve ser denunciada à Anac pelo número 163 ou pelo Atendimento Eletrônico.
Cenipa investigará o que motivou queda de helicóptero no Lago de Furnas
Helicóptero cai em Escarpas do Lago e todos os ocupantes sobrevivem; assista