A Polícia Civil prendeu um homem de 55 anos, suspeito de matar a facadas o motorista Arlindo Custódio Ventura, de 38 anos, no dia 31 de maio. As investigações, direcionadas pela delegada Ingrid Estevam, por meio do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmaram que o crime foi cometido após um acidente de trânsito.
O homem havia se apresentado à Polícia três dias após o assassinato, quando prestou depoimento e foi liberado em seguida. Na época, ele alegou que agiu em legítima defesa. O suspeito não pôde ficar detido por já ter passado o prazo de prisão em flagrante. No entanto, após a conclusão das investigações, a PC prendeu o homem novamente.
O CRIME
Segundo a Polícia Civil, após 15 dias de investigação, a equipe de policiais civis do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o crime foi desencadeado em virtude de um desentendimento de trânsito, no bairro Nova Suíssa, região Sul da capital.
De acordo com a delegada responsável pelas investigações Ingrid Estevam, testemunhas relataram que, ainda no bairro Milionários, o suspeito teria transitado em desacordo com a sinalização local, esbarrando no ônibus conduzido por Arlindo. O motorista do coletivo fez uma foto da placa do carro e informou que, posteriormente, registraria a ocorrência. Inconformado com a atitude da vítima e se sentindo no direito de cobrar os prejuízos sofridos na colisão, o suspeito seguiu o ônibus fazendo sinal para que ele parasse. Em um semáforo, o carro parou em frente ao coletivo, momento em que o homem desceu do veículo. Ele se aproximou do ônibus, falou algo para o motorista, que então abriu a porta do veículo. Sem dizer nada, o suspeito desferiu, então, um golpe de faca contra o peito de Arlindo. O suspeito foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, teve sua prisão preventiva decretada e encontra-se no Presídio Antônio Dutra Ladeira. O homem já tinha antecedente criminal em razão de outro homicídio, crime pelo qual cumpriu pena. Participaram das investigações a delegada Ingrid Estevam, a escrivã Maria Aparecida Caetano e os investigadores Rafael Duraes, Judson Lima e Thierry Pavie. Atualizada às 14h39