Uma intervenção artística do Verão Arte Contemporânea (VAC) acabou se transformando em uma homenagem às vítimas do atentado ao jornal francês Charlie Hebdo. O artista Eduardo Fonseca e os integrantes do Coletivo Pópôcô pintavam o tapume do Anexo da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, na Praça da Liberdade, região Centro-Sul de Belo Horizonte, quando foram surpreendidos por um residente francês.    “Ele me abordou dizendo que imprimiu cartazes com os dizeres 'je suis Charlie' (sou Charlie). A nossa proposta é fazer uma grande colagem sobre o que se passa na cidade e, então, deixei que ele fizesse a homenagem”, contou Fonseca.    A intervenção, intitulada “No meio disso tudo”, será executada até 21 de janeiro e ficará exposta até março. “Por enquanto, a homenagem ao jornal francês está lá, mas ainda não defini se ficará até o fim da exposição”, afirmou o artista. A arte traz duas mãos nas extremidades do tapume que puxam uma corda como se travassem uma batalha, um cabo de guerra. No centro, serão colados lambes, recortes, stickers, pichos, entre outros elementos que remetem ao comum da cidade e da rua.   O atentado   No dia 7 de janeiro, dois homens encapuzados e armados entraram na redação de Charlie Hebdo e mataram 11 pessoas. Um policial foi morto na saída do jornal. Após o atentado, reações comovidas tomaram conta do mundo inteiro com o lema "je suis Charlie" (Sou Charlie).  

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