Quatro homens foram presos em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de propaganda enganosa, estelionato, associação criminosa e usurpação de função pública. De acordo com a Polícia Civil, um dos investigados se passava por juiz e cobrava cerca de R$ 10 mil por cada sessão de mediação, especialmente no âmbito familiar.

As prisões aconteceram na sexta-feira (28), mas as informações só foram divulgadas pela Polícia Civil nesta terça-feira (1º). Segundo a instituição, os suspeitos instalaram um fórum arbitral em Juatuba, sendo que o suposto diretor do estabelecimento se apresentava como juiz de direito às pessoas atendidas, atuando em procedimentos com envolvimento de menores de idade. Mas o homem não tinha qualquer poder autorizado pelo Judiciário.

“Eles informavam aos cidadãos que o referido local seria um tribunal, órgão integrante do Poder Judiciário. Várias pessoas estariam sendo ludibriadas”, contou o delegado Diego Nolasco Rego, acrescentando que os suspeitos ainda usavam expressões e símbolos alusivos aos órgãos públicos.

Durante as buscas, foram apreendidos diversos materiais, como bandeiras, carteiras funcionais, adesivos, cartões de visitas, camisas estampadas, documentos e até dois carros plotados com brasões semelhantes aos utilizados pelo Poder Público. Foram encontradas, ainda, diversas tabelas de honorários fazendo referência à palavra juiz de direito.

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