Igreja católica oferece terreno para assentamento dos moradores da ocupação Izidora

Hoje em Dia
23/06/2015 às 18:55.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:36
 (Cohab Minas/Divulgação)

(Cohab Minas/Divulgação)

Durante reunião com o governador Fernando Pimentel (PT), a igreja católica se mostrou favorável a disponibilizar um terreno de 100 mil m² no Granja Werneck, região Norte de Belo Horizonte, para a construção de casas habitacionais para os moradores das Ocupações Izidora (formada pelas ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória). A informação foi divulgada pela Estado nesta terça-feira (23).   A arquidiocese foi procurada pela reportagem e confirmou que o Arcebispo Metropolitano de BH, dom Walmor Oliveira de Azevedo, encontrou-se com o governador na segunda-feira (22). Porém, não confirmou o teor do encontro, uma vez que depois da reunião dom Walmor seguiu para um retiro espiritual.   Segundo o governo, os projetos na área no Granja Werneck seriam executados pelos escritórios das universidades mineiras que acompanham as ocupações, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida. De acordo com o Estado, outro espaço, de 300 mil², também pode ser usado para a construção de habitações, caso haja um acordo com o proprietário.   Conflito   Na última sexta-feira (19), os moradores das ocupações e a Polícia Militar entraram em confronto por causa do pedido de reintegração de posse do terreno invadido na região do Isidoro. A ação estava prevista para ser cumprida na segunda-feira (22).   Para tentar mediar o conflito entre a Prefeitura de Belo Horizonte, a construtora Direcional Engenharia (dona do terreno) e os moradores, a Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab) se reuniu nesta terça-feira (23) com representantes das ocupações.   No encontro ficou definido que uma novo encontro ocorrerá, até o fim desta semana, com representantes da Direcional. Uma reunião com a Caixa Econômica Federal, financiadora do Programa Minha Casa, Minha Vida, também deverá ser agendada para os próximos dias.   Reintegração de posse   A PBH pediu a reintegração de posse do terreno em 2013 e a ação seria efetivada nesta segunda. Contudo, representantes da Assembleia Legislativa conseguiram intermediar um acordo e adiar por 15 dias a ação de reintegração, prazo já aceito pela Justiça. Neste período, será feito uma nova rodada de negociações.   “Eles (os moradores) não podem, por exemplo, solicitar modificações que inviabilizem aquilo que está licenciado para a construção do empreendimento”, frisou o presidente da Cohab Minas, Claudius Vinícius Leite Pereira.    “Não queremos essa situação de conflito. Estamos nos esmerando e fazendo o possível, dentro das condições do Estado, para buscar uma proposta que evite o conflito. Queremos uma saída pacifica para essa situação”, acrescentou.

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