Imóvel abandonado no bairro Cidade Jardim abrigará museu forense

Raquel Ramos - Hoje em Dia
11/02/2015 às 08:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:59
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Antiga sede da Faculdade de Odontologia da UFMG, um imóvel localizado na rua Conde de Linhares, no bairro Cidade Jardim, região Centro-Sul de BH, será transformado em um museu de ciências forenses, algo inédito na América Latina. A proposta é da Polícia Federal (PF) que, em 2013, recebeu o prédio da Secretaria de Patrimônio da União, logo após apresentar um projeto que resgata a vocação natural do lugar.

A promessa é a de que o novo equipamento esteja alinhado com o que há de mais moderno e que a reforma devolva a beleza à um edifício histórico em Belo Horizonte, inaugurado no princípio dos anos 1950.

No entanto, ainda não há data para que a ideia saia do papel. No momento, informou a assessoria de imprensa da PF, estão em andamento as medidas necessárias para viabilização dos projetos arquitetônico e museológico. Só depois de seguir os procedimentos exigidos, será possível dar o pontapé inicial nas obras.

Deteriorado

As intervenções atenderiam a uma antiga reclamação dos moradores do bairro, que se preocupam com as condições precárias em que o imóvel se encontra atualmente. “Está completamente abandonado. As janelas foram quebradas, há buracos na parede, pichações em toda a fachada e muita sujeira acumulada na área interna”, conta Eduardo Calazans Guimarães, presidente da Associação de Moradores do Cidade Jardim.

Deteriorado pela ação do tempo e falta de manutenção, o prédio ainda descaracteriza a região, rondada por construções e espaços bem cuidados, como o Museu Histórico Abílio Barreto, a Paróquia Santo Inácio de Loyola e a Praça Professor Godoy Betônico.

Outro incômodo é que o edifício se tornou abrigo de moradores de rua e usuários de drogas. Segundo Eduardo, os vizinhos não se sentem mais seguras ao passar perto do imóvel, sobretudo durante a noite. “Só queremos que providências sejam tomadas com rapidez porque é uma pena ver um prédio desse porte, com tamanha relevância, se arruinar”.

Responsável pela fiscalização, a Prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio da Regional Centro-Sul, que haverá uma vistoria no local. Caso seja constatada alguma irregularidade, o responsável receberá um comunicado para que sejam tomadas providências.
 

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