As altas chamas que atingiram a Serra do Curral na noite de terça-feira (13) foram controladas pelo Corpo de Bombeiros na madrugada desta quarta-feira (14). Conforme a corporação, o incêndio de grandes proporções devastou área de aproximadamente 20 mil m² de um dos cartões-postais da capital mineira. Nesta manhã, o helicóptero Arcanjo sobrevoou a região e não localizou nenhum foco.

O incêndio teve início por volta das 18h30 e o fogo chegou bem próximo de casas do bairro Comiteco, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, assustando os moradores. Contudo, os militares só conseguiram chegar ao local às 21h e informaram que estavam empenhados em outras ocorrências. Além disso, alegaram que apenas uma viatura estava disponível para atender toda a Região Metropolitana de BH e, por isso, houve demora no atendimento.

Para controlar o fogo foram utilizados três mil litros de água, além de abafadores e bombas costais. Ainda conforme os bombeiros, nenhuma residência foi atingida e ninguém se feriu. A causa do incêndio ainda é desconhecida.

Incêndios florestais

O Corpo de Bombeiros comunicou que entre 18h e 21h de terça-feira recebeu 17 solicitações para combater incêndios florestais na Grande BH. Cento e oitenta e cinco militares estavam trabalhando para atender todos os chamados. A corporação informou que tem disponível seis viaturas específicas para combate a incêndio.

Sobre a demora em atender ao incêndio na Serra do Curral, os bombeiros explicaram que devido as características geográficas do local, por se tratar de terreno acidentando, não é possível o combate com viatura. O combate aéreo não pode ser realizado à noite para preservar a integridade dos militares e também por causa da baixa visibilidade. Além disso, alegou a corporação, o sistema de tubulação instalado no alto da serra para apoio em casos de incêndio foi depredado e não funciona.

Levantamento aponta que desde julho o número de incêndios florestais duplicou no Estado. Em julho foram 1.309, em agosto 2.423 e 1.431 em setembro.

Tempo seco
 
O tempo seco, que está sobre todo o Estado, aumenta o risco de incêndios em matas. A orientação do órgão é para não se fazer fogueiras nas proximidades de matas e florestas. Os motoristas que trafegarem por regiões sujeitas a incêndios deverão ter atenção redobrada devido à visibilidade reduzida pela fumaça, e em hipótese nenhuma, jogar pontas de cigarros para fora dos veículos.

Atualizada às 12h

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