(Jorge Luiz Davis)
O incêndio que atinge a vegetação nas proximidades do Parque Nacional Serra do Cipó, na região Central do Estado, segue descontrolado nesta quarta-feira (15). De acordo com o chefe do Parque, Flávio Cerezo, dentro do Parque, o fogo destruiu 2,5 mil hectares de vegetação. Somente nesta quarta-feira, 186 focos de fogo foram registrados nas proximidades da Serra do Cipó. Por causa das chamas, o Parque foi fechado para visitação e não há previsão de reabertura. Esse é um dos maiores incêndios da história no local. Segundo Cerezo, em 2002, um grande incêndio destruiu cerca de 5,9 mil hectares do Parque. “O incêndio dessa vez é maior nas localidades do entorno do Parque, mas dentro dele estamos conseguindo controlar”. O Parque tem aproximadamente 33 mil hectares. Já a Área de Proteção Ambiental (Apa) Morro da Pedreira tem cerca de 100 mil hectares, onde pelo menos 5 mil já formam queimados, informou Cerezo. Conforme Cerezo, as chamas começaram ainda na sexta-feira (10) na cidade de Morro do Pilar e depois se alastrou para a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Alto do Palácio. Os cerca de 300 hectares da reserva foram totalmente destruídos pelas chamas. “A vegetação da RPPN era rupestre e só existia na Serra do Cipó”, afirmou o proprietário da RPPN Jorge Luiz Davis. De acordo com ele, a RPPN Alto Palácio nunca tinha sido atingida por uma queimada dessa proporção antes. “Há sete anos, tivemos um incêndio grande, mas conseguimos controlá-lo”, disse. O combate ao fogo continua sendo feito por 43 homens entre brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), voluntários e bombeiros civis. Segundo Cerezo, o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas somente atuou no combate ao fogo na noite de terça-feira (14) nas áreas urbanas conhecidas como Véu Noiva e Serra Morena. Atualizada às 21h do dia 16 de outubro de 2014.