Incêndios ameaçam, por mês, 20 áreas protegidas de Minas

Fernando Zuba - Do Hoje em Dia
15/08/2012 às 08:18.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:28
 (LUIZ COSTA/Arquivo Hoje em Dia)

(LUIZ COSTA/Arquivo Hoje em Dia)

De janeiro a julho deste ano, foram detectados 2.693 focos de calor em Minas Gerais. Do total, 139, ou cerca de 20 por mês, foram confirmados como incêndios florestais em Unidades de Conservação do Estado.

A situação pode piorar. Imagens captadas pelo satélite usado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o número de queimadas no país, considerando-se apenas os 12 primeiros dias de agosto, superou em 109% o registrado no mesmo período do ano passado. Foram 13 mil ocorrências neste ano, contra 6.200 em 2011.
 
Regularização
 
Na avaliação do biólogo Francisco Mourão Vasconcelos, conselheiro da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), apesar de o governo de Minas ter investido na contratação de pessoal para trabalhar em ações de prevenção, controle e combate aos incêndios, em especial nas unidades de conservação, falta avançar nas ações de regularização fundiária.

“O correto seria adquirir terras particulares que se encontram em unidades de conservação de domínio público, para reduzir os conflitos decorrentes da impossibilidade do uso econômico desses espaços”, diz. “Em muitos casos, como as áreas não podem ser usadas para fins agropecuários, os proprietários, em represália e de maneira criminosa, ateiam fogo na vegetação”.

O especialista destaca que, mesmo sendo a ação do homem a principal causa das queimadas, a combinação de falta de chuva, clima seco e temperatura alta agravam o problema.
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