Incêndios urbanos mais frequentes e difíceis de combater

Danilo Emerich - Hoje em Dia
25/09/2014 às 08:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:21
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Incêndios em áreas urbanas de Belo Horizonte estão mais frequentes neste ano. Os registros cresceram 11,5% entre janeiro e agosto, em comparação com o mesmo período de 2013. O bairro da capital com o maior número de casos é o Solar do Barreiro, na região do Barreiro.

Além da maior incidência, as ocorrências estão mais difíceis de serem combatidas, segundo o coordenador do Centro Integrado de Informação de Defesa Social (CINDS), tenente Guilherme Alcântara, do Corpo de Bombeiros.

Ele participou nessa quarta-feira (24) do programa Central 98, da Rádio 98 FM, para falar sobre os incêndios e dar orientações sobre prevenção e combate às queimadas. Segundo Alcântara, sem a ajuda da população o Corpo de Bombeiros não consegue evitar e combater todos os incêndios.

“As pessoas devem denunciar pelo Disque Denúncia 181 quando notarem alguém ateando fogo em algum lote ou vegetação, além de alertar os bombeiros pelo telefone 193, para evitar maiores perdas e minimizar os riscos”, disse.

Entre janeiro e agosto, foram 440 ocorrências de incêndios em imóveis, lotes vagos e áreas de vegetação no perímetro urbano de BH. O número é 11,5% maior do que os 394 registros do mesmo período de 2013.

Além do Solar do Barreiro, os outros bairros que também lideram os chamados sobre queimadas são o Serra Verde (Venda Nova), Buritis (Oeste), Santa Lúcia (Sul) e Engenheiro Nogueira (Pampulha).

MOTIVOS

O tenente Guilherme Alcântara explicou que quase sempre os incêndios são provocados pela ação humana direta ou indireta, e a maior parte deles trata-se de ação criminosa.

“Principalmente por incendiários, com intenção de queimar por queimar, além da queima ilegal para limpeza de um lote que sai do controle. Também há muitos registros por causa de restos de cigarros. Um incêndio natural só começa por um raio. Para isso, precisa estar chovendo, o que não ocorre há um bom tempo”, disse.

Além da frequência maior, o coordenador do CINDS acrescentou que os incêndios estão mais difíceis de ser combatidos.

“Por mais que se invista em prevenção, as chamas ainda podem ocorrer. Na área urbana, os lotes têm muita presença de capim. Já os móveis em residências, hoje, são feitos com material de mais fácil combustão. Em apenas cinco minutos é praticamente impossível controlar o fogo, seja em imóveis ou em vegetação. Outra dificuldade é o acesso ao local da ocorrência, devido ao trânsito”, explicou.

Segundo o militar, pessoas que forem flagradas provocando incêndios estão sujeitos a multas, de valores variáveis, e também a prisão. “É preciso uma conscientização e uma mudança cultural da população, de acabar com as queimadas em lotes. É preciso educar, principalmente as crianças”, afirmou.

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