(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
Reduzir a gordura ou a flacidez no abdômen são demandas recorrentes nos consultórios de cirurgia plástica. Após a gravidez e ganho ou perda de peso exagerados ou mesmo para eliminar excessos na silhueta, abdominoplastia e lipoaspiração são os procedimentos indicados. Contudo, não cabe ao paciente decidir qual deles fará.
De acordo com o cirurgião plástico Fábio Campos, cabe ao especialista direcionar a intervenção mais adequada para cada caso. “Funciona como toda a medicina. É feito um diagnóstico e, depois, é proposto o melhor tratamento. Por vezes, existe a opção de fazer um ou outro; em outras, não”, explica.
Outro ponto importante é ser realista quanto ao resultado possível. “Não adianta trazer a foto da revista e dizer: ‘eu quero uma barriga assim’. Há um limite sobre o que pode ser conseguido, e isso tem de estar claro para o paciente. A partir do que é possível, ele deve decidir se quer a intervenção ou não”, alerta Campos.
Correções
Mas, qual é a diferença entre abdominoplastia e lipoaspiração? A primeira retira a pele em demasia e corrige a parede muscular, cujos tecidos tendem a se afastar após a gestação, considerável ganho de peso ou emagrecimento.
Além disso, é uma cirurgia mais complexa, com tempo de recuperação maior, e deixa uma cicatriz de tamanho variável a cada caso, conforme quantidade de pele retirada e a genética da cicatrização. Já a lipo, trata apenas do excesso de gordura.
Segundo o médico, uma das principais causas do insucesso é a má indicação de uma intervenção. “Se for feita uma indicação errada, já tenho 90% de chances de ter um resultado ruim. Isso vale para qualquer cirurgia plástica”, relata.
Técnicas
Apesar de a abdominoplastia ser mais complexa, o medo da lipoaspira-ção é maior devido aos casos relatados na mídia, embora os dois procedimentos possam ser feitos com muita segurança. No entanto, Fábio Campos destaca que as chances de uma lipo dar errado são muito pequenas.
O especialista conta que alguns recursos dão segurança ao procedimento, como a técnica tumescente, em que uma solução contendo soro e adrenalina é injetada na gordura imediatamente antes da operação, “amaciando-a”. Isso diminui o trauma, a dor, o sangramento e abaixa o risco de insucesso.
Outro destaque é um aparelho chamado vibrolipoaspirador que, acoplado à cânula inserida no paciente, permite a realização de movimentos repetidos de vaivém, ajudando na sucção da gordura.
Confira o vídeo: