Inscrições abertas para revalidação de diploma médico

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
20/03/2014 às 07:08.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:44
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

Médicos brasileiros formados no exterior ou profissionais estrangeiros que tenham interesse em atuar no Brasil têm até o próximo dia 10 para se inscreverem no programa de revalidação de diplomas da UFMG. A aprovação é fundamental para exercer a medicina em território brasileiro.

No ano passado, apenas 7,7% dos inscritos foram aprovados. Os índices na prova aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) foram ainda mais baixos. Dos 1.595 inscritos no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), apenas 109 obtiveram sucesso, ou seja, 6,8%.

Na avaliação do presidente da Comissão Permanente de Diploma Médico Obtido no Estrangeiro da UFMG, André Cabral, a tendência é a de que o número de candidatos aumente a cada ano. O motivo, segundo ele, está nas taxas de reprovação, que forçam a repetição nos testes.

“Ano passado, 92% dos candidatos foram reprovados. Esse contingente pode se inscrever de novo e será acrescido às pessoas que acabaram de se formar no exterior, que já se graduaram há mais tempo, mas que agora quiseram retornar ao Brasil. A tendência é a de que a cada ano aumente mesmo”, afirma.

A prova aplicada pela UFMG pode substituir o Revalida. Ambas são realizadas uma vez por ano e consistem em duas etapas: prova teórica, com questões abertas e de múltipla escolha, e prova prática, que aborda pediatria, clínica, ginecologia, cirurgia e saúde coletiva.

Para a 3ª vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Cláudia Navarro, o alto índice de reprodução reflete o abismo que separa as instituições brasileiras das estrangeiras, sobretudo em relação às políticas públicas de saúde.

“Não podemos somente a partir dos dados afirmar que as faculdades ou universidades dos outros países são piores do que as nossas, mas fato é que os estrangeiros ou formados fora não têm o preparo adequado para atuarem aqui, conforme os cursos e as propostas das instituições brasileiras”, avalia.

Dos 1.036 inscritos no programa da UFMG de 2013, 60% haviam concluído o curso na Bolívia, 10% em Cuba e o mesmo percentual no Paraguai.
 

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