O resultado dos testes de aplicação de extrato do inseticida Nim nas árvores foi positivo nos fícus do adro da Igreja da Boa Viagem, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Cerca de 200 árvores da cidade foram atacadas pela mosca-branca e podem morrer.
A eficácia do produto foi confirmada na segunda aplicação, no dia 14 de maio, 13 dias após o primeiro teste. O laudo do laboratório foi entregue ao engenheiro agrônomo Dany Sílvio Amaral, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), na última sexta-feira (7).
Segundo ele, no primeiro teste, foram coletados oito ramos contaminados das árvores. Metade recebeu o extrato. Após pouco mais de uma semana, o resultado: redução de menos de 20% das ninfas vivas (larva do inseto) e de 65% das moscas na fase adulta.
No segundo teste, praticamente todos os parasitas foram eliminados. “Das 17 larvas da mosca encontradas em cada folha, apenas 0,3 resistiram. Com esse resultado, podemos dizer que as chances de recuperação da espécie é grande com apenas duas aplicações”, comemora o engenheiro.
Com o laudo, técnicos da SMMA começaram o tratamento ontem, que vai até sexta-feira, nos fícus contaminados da avenida Barbacena, no bairro Santo Agostinho, para dizimar a mosca-branca. As intervenções acontecerão também na avenida Bernardo Monteiro, no bairro Santa Efigênia.
Até o final de agosto, todas as árvores dessas vias serão pulverizadas de forma intercalada. O mesmo não deve acontecer, pelo menos por enquanto, nas árvores contaminadas do Parque Lagoa do Nado, na região da Pampulha, e nas da Igreja da Boa Viagem. A falta de acordo com a Fundação de Parques ainda é empecilho.
Mesmo que a mosca-branca seja dizimada, outra ameaça preocupa a SMMA. Alguns fícus estão infestados por um fungo que seca o tronco e deixa os galhos sem folhas. Um remédio será testado nelas nos próximos dias.