(Carlos Henrique/Hoje em Dia)
Já pensou se aquele brinde, lembrança ou presente da empresa no fim de ano pudesse ser transformado em ajuda para pessoas mais necessitadas? Pode ser aquele pendrive ou panetone que você recebe todo ano e nem dá importância. Essa é a premissa da campanha “Era uma vez um presente de Natal”.
Na terça-feira (23), a ação possibilitou a doação de 400 presentes a três instituições sociais durante o programa Central 98, da 98FM. Ao todo, sete serão beneficiadas. Criada por iniciativa das empresas do Grupo Bel, entre elas o Hoje em Dia e as rádios 98FM e 102,9FM, a campanha será expandida a partir do ano que vem. Assim, qualquer empresa interessada em ajudar poderá participar de várias formas, como no recebimento de doações. A ideia é simples e pode fazer a diferença para muita gente. A verba utilizada nos presentinhos de Natal para funcionários, clientes e fornecedores é revertida para instituições sociais, como lares para crianças e adolescentes retirados de casa por violência, abandono e maus-tratos e pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Se a empresa te envia um cartão dizendo que o dinheiro da lembrança foi utilizado para ajudar uma criança ou alguém em dificuldade, você vai ficar muito mais feliz”, afirma Bruno Carneiro, diretor do Grupo Bel.
Entre as entidades beneficiadas neste ano estão a Creche Tia Dolores, o Abrigo Lar Cristão, a Caminhos para Jesus e a Creche Virgílio Pedro de Almeida. Na manhã de ontem, representantes da Associação Humanitária Compaixão, Lar da Fraternidade Irmão Fábio e do Acolhimento Samuel receberam presentes arrecadados por meio da campanha.
Doações Na manhã de terça-feira, representantes da Associação Humanitária Compaixão, Lar da Fraternidade Irmão Fábio e do Acolhimento Samuel receberam presentes arrecadados por meio da campanha. As doações foram recolhidas durante um jogo beneficente que envolveu o time de apresentadores da 98 FM contra a banda Skank, na noite de segunda-feira, na quadra La Bombonera, na zona Oeste da capital. Os presentes ainda são uma surpresa para mais de cem crianças e adolescentes atendidos na Associação Humanitária Compaixão, no Aglomerado da Serra, segundo a presidente Bebel Quinlan. “Estamos organizando uma surpresa para eles”, disse. A instituição, mantida com recursos próprios e doações, oferece atividades recreativas, culturais e educativas na comunidade. Vinte e nove crianças e jovens de 0 a 16 anos, de duas casas do Acolhimento Samuel, também irão receber os mimos. Neste Natal, além de poderem comemorar a data com os amigos, os abrigados terão os pedidos das cartinhas enviadas ao Bom Velhinho atendidos. “Já vamos entregar no dia 24 para os que forem comemorar na casa. Para os que vão passar a data com padrinhos, vamos entregar depois”, disse a presidente da instituição, Vanete Rosa Sacramento. No Lar da Fraternidade Irmão Fábio, 12 crianças serão beneficiadas. “São meninos e meninas que moram lá porque foram retirados dos lares devido à situações de risco social”, explicou a presidente da instituição, Sibele Pissoliati. Mensalmente, de acordo com ela, o lar fecha a contabilidade com um déficit de R$ 5 mil, que precisam ser cobertos com a ajuda de doações de pessoas físicas e jurídicas. Para ajudar as instituições entre em contato. Pessoas físicas e jurídicas podem doar. Associação Humanitária Compaixão: (31) 3442-6438 / compaixão@compaixao.org.br Lar da Fraternidade Irmão Fábio: (31) 3481-0755 Acolhimento Samuel (31) 3789-0707 / www.acolhimentosamuel.org.br
Crise resgata o verdadeiro significado natalino
Demissões, dinheiro contado e pouco recurso para presentear familiares e amigos. A realidade de muitos brasileiros em função da crise econômica contribuiu para o resgate do verdadeiro significado do Natal, segundo o psicólogo clínico Breno Rocha Calábria.
“As pessoas ficaram sem dinheiro e isso foi extremamente positivo para recuperar valores e refletir: será que é o presente ou a minha presença que significa alguma coisa?”, questiona Calábria.
Ele destaca que, ao longo dos anos, o Natal perdeu o caráter de festa religiosa e passou a ser uma justificativa para o consumo. “Deve representar um momento de reflexão e de união. Nesse sentido é extremamente positivo para todos”, afirmou.
Momentos assim, completa ele, são primordiais para todo ser humano e contribuem para o bem-estar psicológico.