Instituto Médico-Legal de BH vai tratar o próprio resíduo

Renato Fonseca - Hoje em Dia
17/07/2013 às 06:56.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:07

Duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) serão construídas no Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. Produtos químicos como o formol, sangue e secreções de cadáveres serão levados para essas unidades para que tenham o descarte adequado. Atualmente, os resíduos da atividade de perícia são descartados diretamente na rede de esgoto e na rede pluvial, afetando a bacia do ribeirão Arrudas.

O projeto das ETEs está pronto e será entregue pela Copasa no próximo dia 23. Serão gastos R$ 120 mil. Porém, o manejo adequado da “sobra”, que contém agentes biológicos com risco de infecção, só deve começar a ser realizado no ano que vem, pois a previsão é a de que as obras fiquem prontas em dezembro. A capacidade de tratamento dos líquidos gerados nas unidades, no entanto, não foi informada.

Referência
 
O IML é único local apto a periciar cadáveres, fazer exames de corpo de delito e testes para confirmar embriaguez, na capital e demais municípios da região metropolitana, exceto Betim. Ontem, o diretor do IML, André Roquette, mostrou algumas intervenções no espaço, para sanar problemas nas instalações elétricas e hidráulicas, orçadas em R$ 1,5 milhão.

Reformas estão sendo feitas em pisos, paredes e telhado. Nos laboratórios, tecidos humanos que antes eram guardados em potes de achocolatados e em outros recipientes inapropriados foram trocados. As bancadas de azulejo ao redor das pias também serão removidas para dar lugar ao acabamento de granito.

Anexo
 
Outra mudança que promete melhorar o atendimento na unidade é a construção, em um terreno ao lado da entrada principal, de um prédio que vai abrigar o Serviço de Verificação de Óbito. A obra, realizada em parceria com as secretarias de Estado e Municipal de Saúde, está orçada em R$ 2,4 milhões e deverá ser entregue no fim do ano.

Todas as mortes de causas naturais serão analisadas no novo espaço. Segundo Roquette, o serviço de perícias de cadáveres será desafogado em cerca de 50%. Em média, 330 corpos são examinados no IML por mês. A nova construção também irá abrigar todos os setores administrativos do instituto.

“Estamos tentando ocupar os espaços. Salas que hoje estão abarrotadas de caixas, por exemplo, poderão ser levadas para locais maiores. Nosso objetivo é humanizar o atendimento”, disse André Roquette.

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