(Malú Damázio)
Dois integrantes de uma das principais quadrilhas de assaltos a residências em Belo Horizonte e um suposto receptador de produtos eletrônicos foram presos na madrugada da última terça-feira (9) pela Polícia Civil. Em um único roubo a uma casa no bairro São Luís, na Pampulha, o grupo chegou a levar cerca de R$ 800 mil em joias.
Residências em locais que concentram moradores de alto poder aquisitivo nas regiões Centro-Sul e Pampulha eram os principais alvos da organização. A polícia afirma que o líder, de 34 anos, cometeu pelo menos seis assaltos nos últimos dois meses, sendo dois no Buritis, e um no Belvedere, no Planalto, no São Luís e em Heliópolis.
O chefe da organização foi preso em flagrante em um hotel em Ouro Preto, região Central de Minas, após ser filmado por câmeras de segurança em um assalto na região Centro-Sul de BH. Na ocasião, ele e outros dois comparsas roubaram aproximadamente R$ 120 mil da casa de um ex-policial civil. Na ação, eles fizeram como reféns os dois filhos e o pai do proprietário da residência.
Os comparsas foram detidos pouco depois do crime, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas o líder conseguiu fugir. A polícia, então, monitorou o paradeiro dele e o seguiu até o hotel em Ouro Preto, onde ele foi encontrado com a esposa, por volta de 1h da madrugada de terça (9). Ele já respondia pelo assalto a um prédio no bairro Luxemburgo, ocorrido em 2018, em que baleou o porteiro do edifício.
Na manhã seguinte, a polícia prendeu também um homem de 28 anos no Santa Mônica, em Venda Nova, que também é suspeito de integrar a quadrilha. Na casa dele foram encontrados pertences roubados e um revólver de calibre .32, utilizado nos crimes. Outro homem, de 32 anos, foi identificado e detido como receptador dos produtos eletrônicos levados nas ações criminosas. Computadores, videogames, celulares e TVs foram apreendido na loja que ele mantinha no bairro Ipiranga.
“O líder do grupo, que ficou preso por dez anos, estava em liberdade há sete meses. Ele nos confessou que arrecadou mais de um milhão de reais em materiais roubados nesse tempo. Ele é que organizava tudo, arrombava as casas, recrutava pessoas para fazer os assaltos, rendia as vítimas”, explica o delegado da unidade Especializada de Crimes Contra o Patrimônio, Gustavo Bartella de Almeida.
Procedimento
Conforme o delegado, os suspeitos entravam em imóveis com ou sem moradores. Caso houvesse alguém nas residências, as vítimas eram ameaçadas com armas de fogo, amarradas e colocadas dentro de armários. Dentre os itens mais visados pela quadrilha estão dinheiro em espécie e joias. Apesar disso, televisores, laptops, eletrodomésticos de cozinha, roupas e até perfumes também eram levados nas ações.
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