Intervalo de 4 meses para aplicação do reforço contra Covid começa a valer nesta quinta em BH

João Paulo Martins
joao.oliveira@hojeemdia.com.br
Publicado em 23/12/2021 às 07:24.Atualizado em 29/12/2021 às 00:36.
 (Myke Sena/Divulgação)
(Myke Sena/Divulgação)

Belo Horizonte começa a aplicar nesta quinta-feira (23) o reforço da vacina contra a Covid-19 para quem tomou a última dose há quatro meses. De acordo com a prefeitura, quem tem 52 e 38 anos e recebeu a CoronaVac em agosto integra o primeiro grupo a participar do novo prazo de carência. A aplicação do imunizante em um intervalo menor segue recomendação do Ministério da Saúde.

O novo modelo começa pelos vacinados com a CoronaVac porque, como o imunizante chinês prevê um prazo menor entre as doses (28 dias), o período entre a segunda aplicação e o reforço entra nos quatro meses previstos pelo Ministério da Saúde.

A estimativa da prefeitura é a de que sejam imunizadas 30 mil pessoas de 52 anos e cerca de 45 mil de 38 anos. Todas receberão a vacina Comirnaty, do consórcio formado pelas biofarmacêuticas Pfizer-BioNtech.

Outras faixas etárias serão convocadas gradativamente, conforme o governo federal libere mais imunizantes para a capital mineira, explica a PBH.
Ainda assim, nesta sexta-feira (24), está prevista a imunização de reforço para gestantes, puérperas (mães recentes), pessoas com deficiência permanente (com e sem Benefício de Prestação Continuada) e com síndrome de Down (acima de 18 anos), que tenham recebido qualquer vacina, desde que o prazo da última dose seja de quatro meses.

Outras faixas etárias serão convocadas gradativamente, na medida em que o governo federal liberar mais imunizantes para a capital 

Na próxima semana será a vez de pessoas com comorbidades, de diferentes faixas etárias, receberem a vacina de reforço da Pfizer com o novo prazo de carência entre a segunda e a terceira doses.

A PBH lembra que pessoas acima de 60 anos, trabalhadores da área da saúde e pacientes com alto grau de imunossupressão (deficiência do sistema imunológico) já receberam a terceira dose da vacina contra Covid-19.

Comorbidades

O principal público-alvo da campanha de reforço na cidade na próxima semana são pessoas que sofrem com comorbidades.

São pacientes diagnosticados com duas ou mais doenças correlacionadas e que ocorrem ao mesmo tempo. Uma das características da comorbidade é que existe a possibilidade de as doenças se potencializarem, ou seja, uma provoca o agravamento da outra.

Ontem, o Boletim Epidemiológico mostrou que as taxas de ocupação de leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 voltaram a crescer nas últimas 24h na cidade. A ocupação das vagas de UTI destinadas a infectados pelo coronavírus passou de 51,5% na terça-feira para 55% na quarta. Já nos leitos de enfermarias subiu de 54,1% para 55,2%.

Com isso, o sinal de alerta para a infecção causada pelo vírus segue em amarelo. A taxa de transmissão da Covid, indicada pelo índice RT, passou de 0,98 na terça para 0,99 na quarta. A capital registra 294.037 casos confirmados da doença, com 685 em acompanhamento. O número de mortes está em 7.076.

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