(Eugenio Moraes)
Atrasado e mais caro, apenas em dois meses os primeiros dados do Inventário de Árvores de Belo Horizonte começarão a ser usados pelos técnicos das regionais da prefeitura. O estudo, que deveria ser concluído em dezembro de 2012, ficou comprometido com a demora na implementação do sistema. Com isso, algumas informações coletadas ficaram defasadas e terão que ser refeitas.
Segundo o gerente de projetos especiais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Júlio de Marco, a nova previsão é a de que o inventário seja concluído até dezembro de 2015, como antecipou o Hoje em Dia em 13 de agosto do ano passado. Um novo contrato terá que ser feito para permitir o término da catalogação das árvores nas regiões Norte, Nordeste, Venda Nova e Barreiro.
O estudo, iniciado em outubro de 2011, apura 57 informações de cada exemplar, como espécie e localização. Também identifica o estado de saúde da planta, podendo alertar e evitar quedas, como a ocorrida na última quinta-feira (22), na junção da avenida Pedro I com a rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova. Um galho podre e de grande porte caiu sobre um taxi, interditando a via, sem vítimas.
A partir do inventário, os técnicos das regionais terão acesso às informações coletadas nas regiões Leste, Oeste e Noroeste, além da Centro-Sul, onde o levantamento deve ser encerrado em julho. Depois será a vez da região Pampulha. Com os dados, os técnicos poderão acompanhar a situação de saúde das árvores, avaliar risco de quedas e pragas, além de fazer o controle e manejo da flora em cada bairro. Algumas informações deverão ser refeitas na região Leste, onde o estudo terminou em abril de 2012.
CONTRATEMPO
O levantamento, feito em parceria da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e a Cemig, tinha sido orçado inicialmente em R$ 3,4 milhões. Porém, problemas como roubo de equipamentos, redução de pessoal e a descoberta de mais espécies e exemplares do que o esperado, atrasaram o cronograma e comprometeram a estimativa.
“Prevíamos 300 mil árvores e agora calculamos 465 mil. Encontramos 75% mais espécies do que achávamos. Além disso, tivemos um problema contratual e redução de equipe de 15 para oito pessoas. No próximo mês, colocaremos 25 técnicos nas ruas para tentar compensar”, adiantou Júlio.