(Renato Cobucci)
Os irmãos Rodney Balbino Leonardi, conhecido como Robocop, e Robert Balbino Leonardi, o Betinho, foram absolvidos da acusação de tentativa de homicídio de duas pessoas em São José da Lapa, em agosto de 2009. A dupla foi inocentada por ausência de provas. De acordo com o Ministério Público, os acusados atiraram contra duas vítimas, que conseguiram escapar. Uma delas saiu ilesa e outra foi ferida, mas socorrida a tempo e atendida no HPS Risoleta Neves. Segundo a acusação, os fatos foram motivados pela disputa por ponto de venda de drogas, sendo que a gangue chefiada por Betinho tinha a intenção de dominar o tráfico na região. A acusação afirmou que os réus “amedrontaram, aniquilaram e mataram” diversas pessoas na cidade de São José da Lapa, com o objetivo de defender o tráfico de drogas na região. O promotor Herman Lott questionou a versão defendida por Robocop de que é exímio atirador, já que exercia a função de policial militar. O MP também questionou a versão apresentada pelas testemunhas de defesa dos réus, pois, segundo o promotor, essas testemunhas sofreram pressão por parte dos acusados para apresentarem versão favorável a eles. A acusação frisou também que houve contradições nas versões apresentadas na delegacia e na Justiça pelas testemunhas. Defesa A defesa dos acusados ressaltou que não havia provas para condenação. Os advogados questionaram o método de trabalho da defesa do advogado anterior e as investigações da Polícia Civil. Segundo eles, o policial Robocop ganhou esse apelido por ter uma atuação exemplar e não ter medo de trabalhar. Foi alegado também que nada de ilícito foi encontrado na casa dos acusados, quando foi realizado o mandado de busca e apreensão, sendo que tais mandados não foram juntados ao processo, bem como o exame de balística, favoráveis aos réus. Recorrendo ao processo, a defesa argumentou também que os depoimentos das testemunhas de acusação em fases anteriores do processo são muito contraditórios, embora estivessem juntas no momento dos fatos. Os advogados de defesa afirmaram ainda que não foi pedida perícia no local dos fatos e que os réus estão sendo acusados sem provas, inclusive de que atuavam no tráfico de drogas da região. (*Com TJMG)