Japoneses alertam para risco de novos tremores em Montes Claros

Girleno Alencar - Hoje em Dia
19/03/2013 às 09:28.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:01
 (Dione Afonso/Hoje em Dia)

(Dione Afonso/Hoje em Dia)

MONTES CLAROS – A missão japonesa que estuda os tremores de terra em Montes Claros, no Norte de Minas, pediu à população para ficar alerta para o risco de novos abalos sísmicos, em razão da grande quantidade de eventos que foram registrados pelos sismógrafos instalados na cidade.

Os japoneses orientaram os moradores sobre como devem se prevenir contra os fenômenos da natureza. Ao tomar conhecimento de que a cidade apresentou alguns tremores oscilando de 3,9 a 4,2 graus na Escala Richter, eles brincaram dizendo que isso nem assusta no Japão, onde são registrados 7,0 graus com facilidade.

Integrantes da missão foram na última segunda-feira (18) no local onde está o epicentro dos tremores, na Serra do Mel. A comitiva japonesa veio a Montes Claros por iniciativa da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec). De 19 de janeiro até a última segunda-feira (18), foram registrados 190 tremores de terra na cidade, o último no dia 8.

O coronel Luiz Carlos Martins Dias, chefe do Gabinete Militar do Governo de Minas, disse que os relatórios das universidades de Brasília e de São Paulo permitiram identificar uma falha geológica em Montes Claros, um grande avanço nas pesquisas.

O chefe da Estação Sismológica de Montes Claros, Expedito José Ferreira, da Unimontes, lembrou que, enfim, surgiu um dado interessante: depois de amplos estudos, os sismólogos constataram uma falha geológica na Vila Atlântica, na Serra do Mel, onde existe a atividade sísmica, com movimentação da placa. Ele explicou que a falha não tem qualquer buraco que revele risco.

Sismógrafos

Os dois sismógrafos adquiridos pelo Estado e repassados à Unimontes ainda não foram instalados. O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, que desde 25 de maio de 2012 instalou cinco equipamentos, retirou dois, no Parque do Sapucaia e no Batalhão do Exército. Como os sismógrafos de Montes Claros ficarão no Parque Estadual da Lapa Grande, onde estão instalados outros equipamentos, foi adiada a substituição.

A comitiva japonesa é formada pelo professor Fukunaga Edite, chefe do escritório de atendimento emergencial e defesa civil do governo da Província de Aichi, e pelos especialistas Yukhiro Kasugai e Hiroko Kondo, da Universidade de Nagoya.

A principal orientação deles é para que os moradores tenham calma quando ocorrer abalos e busquem a solidariedade para enfrentar os danos causados pelos terremotos.

 

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