Jornalista mineira morre com suspeita de gripe suína em Belo Horizonte

Letícia Alves - Hoje em Dia
15/07/2014 às 18:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:23
 (Reprodução/A Tal Mineira)

(Reprodução/A Tal Mineira)

A jornalista Maria Silvéria da Fonseca, a Xuxu, morreu, na madrugada dessa segunda-feira (14), com suspeita de ter adquirido o vírus da Influenza A, popularmente conhecido como gripe suína. Xuxu trabalhou em grandes empresas e instituições, como o jornal Hoje em Dia, Globo, Manchete e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Maria Silvéria, que completaria 63 anos em agosto, era cuidadosa com a saúde, não tinha problemas respiratórios e todos os anos realizava check-up, segundo relatos de amigos mais próximos. Na quinta-feira (10), foi internada com pneumonia na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São Lucas e, no mesmo dia, teve a primeira de duas paradas respiratórias. Há alguns dias, a jornalista havia sido diagnosticada com uma simples rinite alérgica.

Fica a saudade

Ao longo da trajetória profissional, Xuxu fez vários amigos, como a jornalista Eneida Costa, que a conhecia há 40 anos e a considerava uma irmã. “A alegria, sinceridade e franqueza da Xuxu eram com um filtro de seleção de seus amigos. Para mim, mais que uma amiga ela era uma irmã. Foi uma perda muito grande”.

Nas redes sociais, são vários os relatos de amigos sobre a jornalista. A amiga Sulamita Esteliam publicou em seu blog um texto dedicado à Maria Silvéria. “Sei que não devo chorar, você agora é estrela, encantada na eternidade. Sei que as pessoas que a gente ama vivem para sempre em nossos corações”, afirmou.

A gripe suína

A Influenza A, causada pelo vírus H1N1, há muito tempo não é motivo de alerta no Brasil. Em 2009, a doença se espalhou pelo mundo, sendo classificada como pandemia. Este ano, há menos de 4% do total de casos registrados no ano passado (455) e 6% dos óbitos (sete), segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Ainda não há confirmação se a Xuxu faleceu devido ao vírus da gripe suína pela Fundação Ezequiel Dias, responsável pela análise da amostra, mas a evolução rápida do quadro pode apontar para esse diagnóstico, segundo o presidente da Associação Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica, Flávio Mendonça. Ele alerta para os casos em que os pacientes têm um agravamento dos sintomas, que se prolongam por mais de três dias, como o da jornalista. “O H1N1 causa um quadro mais grave e gera complicações, favorecendo infecções bacterianas. O público de risco continua sendo motivo de alerta”.

Além de pessoas com mais de 60 anos, como a jornalista, englobam o público de risco crianças, mulheres grávidas e mães de recém nascidos, doentes crônicos, indígenas e trabalhadores da saúde. De acordo com a SES, quase 90% do público-alvo foi vacinado na campanha deste ano. A vacinação e o enfraquecimento do vírus nos últimos anos são os fatores responsáveis pela diminuição dos casos de Influenza A, de acordo com Mendonça.

Algumas dicas para diminuir o contágio por qualquer tipo de influenza são lavar as mãos com frequência e não levar a mão à boca ao tossir ou espirrar. Nos casos em que a febre ultrapassa os 39º, há cansaço extremo, ardor nos olhos e dores musculares e de cabeça intensa, é preciso procurar assistência médica com urgência.

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