Três homens e dois adolescentes foram detidos nesta sexta-feira (14) suspeitos de torturar e raspar o cabelo de uma jovem por conta de dívida de tráfico de drogas no bairro Jardim Comerciários, na região de Venda Nova. A Polícia Militar (PM) chegou aos suspeitos após uma denúncia da própria vítima, que disse ter sido mantida em cativeiro de meio-dia de quinta-feira (13) até por volta de 3 horas desta sexta-feira em uma casa no bairro. Além disso, a jovem teve o corpo riscado com faca, sofreu várias agressões e teve o cabelo raspado. No imóvel onde a jovem disse ter ficado presa, a polícia apreendeu uma adolescente de 16 anos, um menor de 17 anos e Maicon Douglas Soares Lima, 18. Com a jovem, os militares encontraram 27 pedras de craque, três papelotes de cocaína e R$ 170 em dinheiro escondidos na calcinha. Além disso, foi encontrado ainda o cabelo da jovem torturada. Depois a polícia foi até a casa de Jonathan Pereira Moreira dos Santos, de 27 anos, também suspeito de participar das agressões contra jovem. No local, foram apreendidos mais uma bucha de maconha e uma balança de precisão. Por fim, a polícia foi levada até a casa de Carlos Rayner Borges, de 29 anos, apontado como chefe do grupo pelos demais suspeitos. Carlos confessou o envolvimento com o tráfico de drogas na região e com ele a polícia encontrou mais 147 papelotes de cocaína, 83 pedras de crack, oito porções maiores de cocaína, meia barra prensada de maconha, além de R$ 476 em dinheiro e uma caderneta com a contabilidade do tráfico. Ainda segundo a vítima, as ordens para a agressão contra ela teriam partido de um homem identificado apenas como Sydney, e que estaria preso na Penitenciária de Unaí, no Noroeste do Estado. Segundo a jovem, o homem teria conversado com ela pelo telefone e disse que ela poderia escolher entre ter o cabelo raspado, a mão cortada ou a perna quebrada para saldar sua dívida com o tráfico. Os cinco suspeitos detidos pela PM foram encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA) e as denúncias da vítima de tortura serão investigadas. O Hoje em Dia tentou contato com Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), mas não obteve retorno.