Jovens suspeitos de atropelar três em frente a boate vão a júri popular

Hoje em Dia*
08/09/2014 às 21:31.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:07
 (Eugenio Moraes)

(Eugenio Moraes)

Três homens vão a júri popular por serem os suspeitos de matar o motorista de uma van e atropelar outras duas pessoas na porta de uma boate, no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o Ministério Público, Hudson Eduardo Silva e dois amigos, Lucas Marsal Silva Duarte e Iago Bruno Portilho Siman são acusados de atropelarem as vítimas logo depois se serem expulsos da boate Hard Rock Café, na madrugada de 5 de agosto de 2012. A decisão é do juiz Juarez Morais de Azevedo, da Vara Criminal e da Infância e Juventude da comarca de Nova Lima. Na época, Hudson tinha 18 anos, Lucas tinha 24 e Iago 20.   De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), depois de se envolverem em uma confusão no interior da boate, os réus foram retirados do local por seguranças. Insatisfeitos com a situação e desejando se vingar, eles entraram em um veículo Fiat Uno, dirigido por Iago Bruno Portilho Siman, em alta velocidade e de forma perigosa, com o objetivo de atingir pessoas que estavam nos arredores do estabelecimento comercial.   Para o MP, os acusados usaram o carro como arma letal e com vontade deliberada de matar alguém. O MP afirmou ainda que duas das pessoas atingidas pelo veículo só não morreram “por circunstâncias alheias à vontade dos acusados”.    Para o juiz Juarez Morais de Azevedo, o conjunto de provas demonstra que os acusados atingiram as vítimas intencionalmente, em tese, “pois a via estava desobstruída e comportava, a princípio, a passagem do veículo”. O magistrado afirmou que o depoimento de testemunhas revelou que os réus imprimiram velocidade excessiva ao veículo, direcionando-o contra as pessoas que estavam próximas à boate. Para o magistrado, existem indícios, portanto, que Iago assumiu, no mínimo, a ocorrência dos resultados. Assim, para o juiz, os elementos de convicção reunidos no processo são suficientes para que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri.    Os réus respondem por homicídio qualificado por terem empregado recurso que impossibilitou a defesa da vítima.   O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que ainda não há data para a realização do julgamento e, como os réus permaneceram soltos durante a maior parte da instrução do processo, o juiz entendeu que não se justifica a prisão nesse momento. Dessa forma, os acusados poderão recorrer contra a decisão em liberdade.    Relembre o caso   No dia da ocorrência, Hudson, Lucas e Iago se envolveram em uma confusão dentro do Hard Rock Café, bairro Vila da Serra. Após a briga, eles foram colocados pelos seguranças para fora da casa de shows.   Já fora da boate, o suspeito entrou em um Fiat Uno e atropelou três pessoas. O motorista de van Wellington Ribeiro de Faria, tentou socorrer os feridos, mas foi atingido quando o suspeito acelerou o veículo. A vítima morreu na hora.   O motorista que morreu usava a sua van para levar e buscar pessoas que não queriam dirigir após consumir bebida alcoólica em eventos. Ele também tinha outro automóvel para transporte escolar. As outras vítimas tiveram ferimentos leves. No dia do crime, os amigos do suspeito foram detidos, mas prestaram depoimento e foram liberados.   (*Com TJMG)

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