Juristas se desentendem e juíza afirma que Quaresma está tumultuando sessão

Amanda Paixão e Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
04/03/2013 às 10:43.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:33
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

Como da última vez, o julgamento do goleiro Bruno e da ex-mulher Dayanne Rodrigues começou polêmico. Durante as premiliminares, fase na qual a juíza Maríxa Fabiane libera um tempo para que a acusação e defesa façam breves considerações, o promotor Henry Vasconcelos pediu para que fossem retiradas as fotos pornográficas de Eliza Samudio do processo. O promotor ainda pediu que fosse investigado o vazamento da parte sigilosa do caso, a qual faz menção a outros dois policiais que também estariam envolvidos no crime.

Em seguida, o advogado Lúcio Adolfo, que defende o goleiro Bruno, pediu a palavra. O jurista afirmou que não considera http://www.hojeemdia.com.br/especiais/caso-bruno/apos-entrevista-advogado-alega-que-primo-de-bruno-n-o-precisa-de-defesa-1.95304.

Além disso, ele pediu que a juíza exclua http://www.hojeemdia.com.br/minas/apos-decis-o-da-justica-atestado-de-obito-de-eliza-samudio-sera-emitido-1.78832. Segundo Lúcio, ele e os advogados Thiago Lenoir e Francisco Simim entraram com um pedido recentemente no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para que o atestado de óbito fosse invalidado. Uma das prerrogativas usadas pela defesa de Bruno é a de que o crime teria ocorrido em Ribeirão das Neves e não em Contagem, comarca pela qual a juíza responde, e que, além disso, a Marixa Fabiane não seria competente para emitir documento deste tipo.

O pedido de Lúcio Adolfo foi interrompido, aos gritos, pelo advogado da família de Eliza Samudio, José Arteiro. "Você deve respeitar mais as pessoas!", disse exaltado. Marixa Fabiane pediu, mais de uma vez, que o advogado José Arteiro voltasse para o seu lugar, finalizando a discussão que durou alguns minutos.

Esquentando mais ainda a sessão, o advogado Ércio Quaresma, que representa http://www.hojeemdia.com.br/minas/ex-policial-bola-e-absolvido-da-morte-de-carcereiro-1.66476, pediu para fazer uma ponderação. Ele solicitou que durante a confrontação das testemunhas, usasse o acervo audiovisual.

O pedido do jurista causou um certo desconforto à juiza que negou, além de salientar que ele não tinha a palavra. Marixa ressaltou ainda que Quaresma estava tumultuando o julgamento e que ele teve acesso ao material audiovisual durante o andamento do processo. "Também estou trabalhando e preciso dar continuidade ao meu compromisso com a sociedade", respondeu a magistrada, que pediu 20 minutos  para deliberar os pedidos preliminares da defesa e da acusação. No entanto, mas o intervalo já ultrapassa 40 minutos. Por volta das 11 horas, o réu Bruno ainda não havia adentrado o salão do júri.

Barulho

A conversa no salão do júri é motivo de reclamação por parte da juíza, que chegou a pedir silêncio. "Pedir para parar de conversar é impossível, mas está me incomodando", disse. Com isso, os presentes no plenário, que tem capacidade para 120 pessoas, reduziram consideravelmente o barulho.

Acusações

 O ex-goleiro é acusado de mandar matar sua amante, a modelo Eliza Samudio, em junho de 2010, com quem teve um filho. Dayanne é acusada de subtração de incapaz ao cuidar do filho de Bruno com a modelo durante parte do período em que ela teria sido mantida em cativeiro no sítio de Bruno, em Esmeraldas, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A pena de Bruno pode chegar a 41 anos de reclusão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver.

Confira a galeria de imagens do primeiro dia do julgamento:
 

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