Justiça condena 25 integrantes do PCC que cometeram ataques e incendiaram ônibus em Minas

Da Redação
08/03/2019 às 13:29.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:53
 (Divulgação / Corpo de Bombeiros MG)

(Divulgação / Corpo de Bombeiros MG)

Vinte e cinco integrantes do PCC, organização criminosa responsável por diversos crimes, dentre eles atear fogo em ônibus e prédios públicos em Minas, foram condenados pela Justiça mineira. Os acusados, conforme o Ministério Público, agiam a partir de pedidos feitos por criminosos, que davam as ordens de dentro de presídios.

As penas impostas aos bandidos variam de 22 anos e oito meses a 32 anos e dois meses de prisão em regime fechado. Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), todos já estão presos em regime disciplinar diferenciado desde julho do ano passado. A juíza Andrea de Miranda Costa, responsável pelo julgamento, determinou que eles permaneçam nessa situação até julho deste ano.

Violência e prejuízo

O processo que culminou na condenação teve início há oito meses, depois que diversas cidades mineiras foram alvos de ataques contra coletivos. Na sentença, a juíza destacou o prejuízo do Estado com a onda de violência promovida pela facção, e as consequências “altamente prejudiciais de suas atitudes, que difundem o medo na sociedade e lesam a propriedade pública".

O grupo, segundo a denúncia do MPMG, atuava desde novembro de 2017 de maneira estruturada, sendo que cada membro tinha uma tarefa específica. Além dos incêndios, eles também atuavam em outros crimes, como assassinatos, inclusive de agentes das forças de segurança, e tráfico de drogas.

Absolvição

No julgamento, a juíza absolveu um dos acusados e mandou soltá-lo. Ela entendeu que as provas apresentadas não demonstravam que ele integrasse a organização criminosa. Além disso, uma perícia constatou que a voz presente nos áudios enviados pelo aplicativo Whatsapp que constava dos autos não correspondia à do réu.

Segurança reforçada

A primeira sessão de audiência, que ocorreu em novembro de 2018, exigiu um 'esquema de guerra', com segurança reforçada no Fórum Lafayette. No local, por três dias, 11 testemunhas foram ouvidas e 26 acusados interrogados.

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