(Foca Lisboa / UFMG)
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) deverá destinar verba anual para corrigir os problemas nos prédios e no sistema de transporte, adequando os pontos de embarque e desembarque aos cadeirantes, retirar as barreiras físicas nos pontos e fazer as adaptações relativas à sinalização para pessoas com deficiência visual e auditiva. A decisão da Justiça atende pedido do Ministério Público Federal, que moveu Ação Civil Pública contra a universidade.
Ficou definido também que a UFMG deve fazer adaptações no sistema virtual moodle, usado para cursos online, que terá de obedecer as normas do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (e-MAG), além de fornecer materiais necessários ao acompanhamento das aulas pelos alunos com deficiência visual e auditiva e contratar um profissional audiodescritor.
Segundo a ação do MPF, desde o ano 2000, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) acompanha, por meio de quatro inquéritos civis públicos, a situação de falta de acessibilidade nas dependências da universidade.
Durante a apuração, o MPF chegou a conclusão de que a UFMG vem, há anos, deixando de cumprir as normas que garantem condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida - inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer, sanitários e sistema de transporte interno.
A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFMG e aguarda retorno.
* Fonte: MPF
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