A Justiça mineira condenou um homem a 9 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, por torturar e maltratar o enteado de 3 anos. Conforme o processo, o padrasto queimou várias partes do corpo do menino com um ferro elétrico. A mãe da criança também foi sentenciada a um ano, oito meses e 12 dias de reclusão por omissão. O caso aconteceu em julho de 2010 em Poços de Caldas, no Sul de Minas. Segundo a denúncia do Ministério Público, o padrasto agrediu a criança porque ela havia urinado na cama. O homem convivia com a mãe do menino há cerca de dois anos. Nesse período, ele agredia o menino e os demais enteados, de 8 e 5 anos, chegando a queimar com cigarro o rosto de um deles. Para o MP, a mãe se revelou omissa em relação aos fatos. No processo consta que quando o menino foi queimado por ferro, por exemplo, ela só o levou ao posto de saúde no dia seguinte e, chegando lá, mentiu, indicando que o menor tinha sido queimado por um dos irmãos. Em 3 de maio de 2011, o padrasto foi condenado em Primeira Instância a 9 anos e 10 meses, e a mãe do menor a seis meses de detenção em regime inicial aberto. A defesa do casal recorreu, tentando desqualificar os crimes, mas a condenação do padrasto foi mantida e da mãe aumentada.