
O ginecologista de 74 anos, suspeito de abusar de pelo menos 20 mulheres em Belo Horizonte, pode ser solto novamente nesta quinta-feira (19).
A decisão que decretou a prisão do suspeito foi cassada, e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou a soltura imediata dele. A informação foi confirmada pelo advogado do médico, Leonardo Vorcaro Chaves. “Foi feita justiça porque ele não se negou a nenhum chamado da polícia e da Justiça. A prisão foi desnecessária uma vez que a pena privativa deve ser aplicada após todos os trâmites”, disse o advogado.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que ele ainda não deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde está preso preventivamente desde a última segunda-feira (16).
O médico é investigado por importunação sexual, abuso sexual, violação sexual mediante fraude e assédio sexual no Hospital e Maternidade Santa Fé, no bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte. 20 mulheres já denunciaram o homem, que responde a dois inquéritos policiais.
O ginecologista já havia sido preso em flagrante no dia 28 de novembro após a denúncia de uma paciente de 22 anos. A jovem contou que foi assediada pelo profissional que teria dito durante uma consulta: "Ei loirinha, deu química" e "toda loirinha gosta de um negão", uma referência ao namorado dela, que estava no local.
Após iniciar a consulta, ele teria feito um exame de toque na vítima, momento em que chegou a dizer "que periquitinha quente". Depois disso, ela teria se levantado e foi segurada pelo braço. O ginecologista, então, tentou beijá-la. O suspeito pediu também que a vítima ligasse para marcar uma nova consulta, completando que só ele cuidaria dela.
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