Justiça permite que pais plantem maconha para uso medicinal em filho

Anderson Rocha
04/02/2019 às 21:16.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:23
A regulamentação do uso da Cannabis para fins medicinais foi o tema da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados (Pixabay)

A regulamentação do uso da Cannabis para fins medicinais foi o tema da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados (Pixabay)

Os pais de um garoto de quatro anos, de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foram autorizados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a plantarem cânhamo, erva conhecida popularmente como maconha, para tratamento medicinal. A decisão é da 3ª Vara Criminal da cidade.

De acordo com o processo, o menino sofre de paralisia cerebral e síndrome de West. Como consequência, ele é acometido de mais de 100 ataques epiléticos por dia. Além disso, somente as propriedades medicinais da maconha trazem benefícios à saúde do garoto. 

No pedido, que teve a concordância do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a família alegou que o menino era tratado com outro medicamento, que o fazia dormir mais de 20 horas por dia e provocou a perda da sua capacidade de mastigar e engolir.

Já com a maconha, a criança passou a ficar acordada por mais horas e a responder por estímulos visuais e auditivos, além de movimentar pernas, braços e não apresentar crises convulsivas.   

De acordo com o juiz Antônio José Pêcego, que avaliou o caso, a dignidade humana, a vida e a saúde são direitos fundamentais e sociais previstos na Constituição Federal de 1988. 

Segundo o magistrado, "se o Estado não assegura esses direitos, nada mais justo que o Poder Judiciário interferir para atender ao menor".

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