Kalil admite que alta das tarifas de ônibus é necessária e promete pressa na auditoria

Tatiana Lagôa
portal@hojeemdia.com.br
20/12/2017 às 17:09.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:22

Com receio de uma piora na situação dos coletivos em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil disse ter pressa na realização de uma auditoria. E garantiu: “Aqui nós não vamos fazer demagogia com passagem de ônibus porque sabemos que o óleo aumentou, que a folha de pagamentos aumentou, sabemos isso tudo. Só queremos saber o quanto que isso impacta na passagem. Nada mais do que isso. Claro que vai impactar”.  

Kalil disse ainda que a prefeitura não tem condições de bancar o transporte público na capital. “Então isso não é também coisa de demagogia, de pular roleta, de tarifa zero. São 30 milhões de passageiros. É R$ 1 bilhão por mês que custa o transporte público e a prefeitura não pode arcar com isso. Esses irresponsáveis que querem aproveitar de qualquer coisa para fazer populismo, isso não é comigo”, disparou.

Ao mesmo tempo em que admite haver uma necessidade de aumento, Kalil questiona os parâmetros para definição do reajuste e garante ser urgente e necessária uma auditoria para se chegar a um percentual baseado na “seriedade”.

As afirmações aconteceram em entrevista na prefeitura, no início da tarde desta quarta-feira (20), quando foram apresentadas as iniciativas de requalificação dos asilos de Belo Horizonte. Foram reformadas e substituídas 483 peças de mobiliário incluindo poltronas, criados mudos, colchões especiais, cômodas de sucupira, cadeiras de rodas motorizadas, bancos de jardim, escadinhas para cama hospitalar, dentre outros itens.

A ação foi coordenada pela primeira-dama do município, Ana Laender, que durante quatro meses visitou todas as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Foram contemplados 28 asilos, sendo 24 conveniadas da prefeitura e quatro filantrópicas, beneficiando 898 idosos. “Depois que são institucionalizadas essas pessoas deixam de existir aos olhos de muitas pessoas. Entendem que não têm mais perspectiva de vida. E não é isso. Os asilos são apenas mais um lar na vida deles”, afirma Ana.

Segundo a secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Colares, a fila de espera nos asilos de Belo Horizonte foi eliminada em 2017. No início do ano, 40 idosos aguardavam vagas. Mas eles puderam ser admitidos nos asilos graças ao aumento do recurso de custeio das casas em R$ 1,5 milhão neste ano. O gasto da prefeitura com as ILPIs superou os R$ 15 milhões.

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