Kalil fala sobre riscos da mutação do 'coronavírus brasileiro' para jovens; especialista esclarece

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
30/03/2020 às 19:27.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:08
 (Reprodução)

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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou que as pessoas que estão desrespeitando o isolamento social, no combate à Covid-19, são 'egoístas e irresponsáveis' pois o coronavírus sofreu uma mutação e agora mata "gente com 26, com 30, com 40 anos". A reportagem procurou um especialista para entender: a afirmação do gestor municipal está correta?

A reportagem do Hoje em Dia conversou com um dos maiores especialistas no assunto em Minas e no Brasil. De acordo com o infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e membro do Comitê de Enfrentamento à Epidemia do Covid-19, o coronavírus vem sofrendo pequenas mutações em seu código genético devido à sua grande disseminação pelo mundo.

"São pequenas diferenças. Ele multiplica muito e, numa dessas subdivisões, pode sofrer uma mutação. Já há estudos que comprovam que, no vírus brasileiro, há mutações, que o tornam diferente do original", explicou Urbano.

Essas metamorfoses são uma das possibilidades que explicariam a maior agressividade do coronavírus, causando mortes de jovens no Brasil. "É uma hipótese. Ainda são raros os casos em pessoas mais jovens", afirmou o infectologista.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que estudos preliminares indicam a possibilidade do vírus sofrer mutações. Alguns países, como os Estados Unidos, estão registrando números importantes de mortes em jovens.

Em Belo Horizonte já foi registrado muitos casos em adultos jovens, com idade inferior a 60 anos, especialmente os que possuem comorbidades. Portanto, o reforço para que o cuidado seja para todos.

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