Kalil assina repasse de 30 milhões para pesquisa da vacina contra Covid produzida pela UFMG

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
27/05/2021 às 13:41.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:02
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), assinou, nesta quinta-feira (27), o termo de patrocínio que irá viabilizar a continuidade dos estudos da vacina contra a Covid-19 produzida pela UFMG. O valor investido pela administração municipal é de R$ 30 milhões, que será dividido em parcelas mensais de maio a dezembro deste ano. O repasse irá ocorrer conforme o cumprimento de cronogramas. 

Kalil elogiou os estudos e a universidade. O prefeito da capital ainda considerou a ajuda como “pequena”, por ser apenas um montante investido por “uma prefeitura”. A declaração foi dada em meio a críticas a cortes do governo federal.

A reitora Sandra Goulart ressaltou a chegada do investimento em um momento de dificuldade financeira. “Estávamos iniciando os preparativos para iniciar as fases dos testes clínicos 1 e 2 e não tínhamos recursos. Então veio em um momento imprescindível, não apenas por conta da vacina, mas pelo o que se sucedeu, com os cortes para a nossa universidade. Esse apoio vai nos permitir continuar com segurança o desenvolvimento dessa vacina, que esperamos trará um alento para todos nós".

O montante repassado à UFMG vai viabilizar os estudos em adultos saudáveis sem exposição prévia à Covid-19, etapas necessárias para os ensaios da etapa 3 e aprovação pela  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As duas primeiras fases deverão ser realizadas ainda este ano e a 3, no início de 2022. Caso os testes confirmem a segurança e a eficácia da vacina, o imunizante deverá chegar ao mercado ainda em 2022.

A vacina

Segundo a UFMG, a Spintec é uma das três vacinas em estágio mais avançado no Brasil e a plataforma tecnológica usada no desenvolvimento do imunizante consiste na combinação de diferentes proteínas para formar uma única, artificial. Esse composto, chamado de "quimera", é injetado no organismo em duas doses e induz à resposta imune. Por não usar exclusivamente a proteína S, na qual se dá a maioria das mutações, as chances de sucesso desse composto químico no combate às novas variantes são bastante elevadas.

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