(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
A grande festa do Carnaval pode não acontecer em Belo Horizonte em 2021. É o que sinaliza o prefeito da capital, Alexandre Kalil (PSD), em função da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao portal BHAZ, o gestor disse que falar na folia, mesmo a sete meses da data, é uma “birutice”.
"Não sou astrólogo, não, né?! Mas acho muito difícil fazer um Carnaval com uma pandemia que deve acabar em setembro, outubro, novembro. É uma birutice", disse Kalil. O prefeito ainda esclareceu que a não realização do evento não tem nenhuma relação com a parte orçamentária.
No Carnaval deste ano, por exemplo, a administração municipal teve orçamento de R$ 6 milhões em verba direta, além de R$ 8,3 milhões em planilhas de estruturas e serviços, captados por meio de edital de patrocínio.
Crescimento
O Carnaval de Belo Horizonte tem crescido nos últimos anos. Em 2020, durante 23 dias de evento, cerca de 4,3 milhões de foliões estiveram nas ruas da capital mineira, segundo a Belotur.
Ainda de acordo com a empresa municipal, o evento, neste ano, teve desfiles de oito escolas de samba e 11 blocos caricatos. No chamado “carnaval de rua”, foram 410 blocos, que fizeram 447 cortejos pela cidade. Nos oito palcos oficiais, espalhados por 5 regionais de BH, se apresentaram mais de 60 atrações. Maurício Vieira
Números do coronavírus
Belo Horizonte continua sendo a cidade com mais óbitos provocados pela Covid-19 em Minas Gerais. A capital registra 144 mortes e 5.771 caso confirmados, de acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, nesta quarta-feira (1º).
O número de pessoas internadas também preocupa. Nessa terça-feira (30), após a cidade confirmar uma ocupação de 87%, Alexandre Kalil informou que já negocia com hospitais particulares a abertura de novos leitos de Covid após o esgotamento na rede pública. A informação foi dada em entrevista à Rádio Itatiaia. Os valores que seriam gastos não foram divulgados.