Kalil se defende e diz que áudios de conversa com ex-chefe de gabinete foram distorcidos

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeemdia.com.br
21/10/2021 às 14:29.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:06
 (Wesley Rodrigues / HD)

(Wesley Rodrigues / HD)

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21), o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), se defendeu sobre os áudios divulgados por Alberto Lage, ex-chefe de gabinete da prefeitura, em sessão da CPI da Covid, pela manhã, na Câmara Municipal. O chefe do Executivo municipal disse que a conversa foi distorcida.

Nos áudios, Kalil sugere que empresários de ônibus de BH estão pagando a defesa de Célio Bouzada, ex-presidente da BHTrans, também alvo de outra CPI na Casa Legislativa.

Kalil classificou os áudios como "clandestinos" e disse que o conteúdo se trata de pequenos trechos de uma conversa mais longa.

O prefeito falou sobre ter solicitado participar da sessão da CPI em que seus áudios foram divulgados. Os vereadores negaram, exigindo requerimento prévio. “Eu não queria entrar em CPI, eu não queria invadir CPI. Eu simplesmente mandei uma mensagem ao senhor relator da CPI dizendo que estaria à disposição para esclarecer”. 

Sem especificar a quem, Kalil disse que se defenderá judicialmente das alegações feitas na reunião da CPI desta quinta. “Vou entrar (na justiça) por uma questão até de que não podem falar. Falam porque acham que, porque estão atrás de um mandato de vereador, podem desacatar todo mundo”.

Divulgação dos áudios

Kalil disse que não tem mais relações com o ex-chefe de gabinete e afirmou que os áudios apresentados por Lage não foram gravados no dia em que ele deixou a prefeitura.

“É uma pena que eu estava cercado por tanta gente capaz de tanta coisa e eu não sabia, talvez seja este meu grande erro”, relatou.

Defesa de Célio Bouzada

Perguntado sobre a designação de Hermes Vilchez Guerrero, responsável pela defesa de Bouzada, para o Conselho de Ética Pública da prefeitura, Kalil elogiou o advogado e afirmou que uma situação não interfere na outra.

“O que tem a ver ele ser o advogado do ex-presidente da BHTrans, que não tem absolutamente nada no conselho de ética, e fazer parte da minha equipe como conselheiro? É completamente desconexo. O que o Célio Bouzada tem a ver com o conselho de ética da prefeitura?”, disse o prefeito.

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