Laboratório de drogas instalado em mansão abastecia o tráfico em BH e cidades vizinhas

Marília Mesquita
26/07/2019 às 17:30.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:43
 (Polícia Civil/ Divulgação )

(Polícia Civil/ Divulgação )

Um laboratório caseiro com capacidade para refinar grande quantidade de cocaína foi descoberto pela Polícia Civil. O espaço improvisado ficava no subsolo de uma mansão, que está em construção no bairro Joá, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A droga abastecia o tráfico na capital e cidades vizinhas. O proprietário do imóvel foi preso. Outro homem, apontado pela corporação como o “matador do bando”, também está detido.

As investigações foram iniciadas há quatro meses pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico, após denúncia anônima. “A informação dava conta de tráfico bem orquestrado, com distribuição em diversas cidades. A quadrilha tem muitos participantes, com grau hierárquico bem definido”, disse o delegado Windsor Mattos, que destacou o alto poder aquisitivo dos envolvidos.

Caracterizado como o químico do grupo, o homem, de 39 anos, utilizava equipamentos industriais para realizar a mistura do entorpecente. “Pouco mais de três quilos de cocaína foram apreendidos. Essa droga era desdobrada para gerar mais rentabilidade aos traficantes, que a distribuía em bocas de Vespasiano, Lagoa Santa,  Sete Lagoas e BH”, acrescentou o policial. Dentre os equipamentos recolhidos, liquidificador, coador, panelas, balança, microondas, éter e acetona.

Erguida em um bairro de luxo, conforme Mattos, a mansão tem três andares. “O traficante não é o líder, mas gosta de ostentar”. O suspeito foi encontrado com uma camisa do Sindicato dos Oficiais de Justiça. A roupa seria uma espécie de disfarce.

Desafetos

Apontado como o homicida da quadrilha, o jovem de 29 anos foi preso em um sítio em Curvelo, também na região metropolitana. Com ele, foram encontradas quatro armas, além de coletes, munições e dois uniformes, que não são mais usados pela corporação. “As camisas da Polícia Civil eram utilizadas durante a execução. Ao chegar na residência do rival, ele se anunciava como membro e o assassinava a sangue frio”, ressalta o delegado. 

Conforme o subinspetor Gabriel Bacelette, o sítio também era utilizado para armazenar grande quantidade de maconha, que, posteriormente, seria distribuída em BH e cidades vizinhas. “Recebemos informações de que um grande carregamento chegaria nesse fim de semana. Porém, foi interceptado nas estradas”. As investigações vão prosseguir para mirar outros integrantes do bando.

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