Lama de barragem não atingiu Arquipélago de Abrolhos, garante Samarco

Hoje em Dia
27/01/2016 às 12:09.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:11
 (ICMBio/Divulgação)

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O 'tsunami' de lama que vazou da barragem Fundão, em Mariana, região Central de Minas, não atingiu o Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, como havia divulgado o Ibama. A informação é da Samarco, que informou que laudos compravaram que o santuário marítimo não foi afetado pela maior tragédia ambiental ocorrida no Brasil.

Conforme a mineradora, amostras de água coletadas e analisadas pelo laboratório ALS Corplab descartou a presença de óxido de ferro no Parque de Abrolhos, um dos elementos que remeteriam à pluma de turbidez do Rio Doce, que foi tingido pelos rejeitos de minério. Ainda segundo o laudo, a qualidade da água no santuário está dentro dos parâmetros aceitáveis pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

No último dia 7, a diretora do Ibama, Marilene de Oliveira Ramos, declarou que o órgão federal havia encontrado mancha de turbidez no santuário marítimo. Na ocasião, a própria Samarco não descartou a hipótese. Contudo, nesta quarta-feira (27) a empresa informou que chuvas na região podem ter provocado movimentação de sedimentos na região costeira do Sul da Bahia, o que explicaria a mancha na região.

Em nota, a mineradora reforçou que "realiza o monitoramento constante da qualidade da água em dezenas de pontos ao longo do Rio Doce e na sua foz, além de uma grande extensão no litoral, disponibilizando-os  periodicamente às autoridades".

Tragédia

A barragem Fundão, da Samarco, se rompeu no dia 5 de novembro de 2015. O vazamento provocou uma "tsunami" de rejeitos de minério, devastou vilarejos, matou 17 pessoas e deixou outras duas desaparecidas.

O colapso da barragem gerou uma onda de lama que percorreu 55 km do Rio Gualaxo do Norte até atingir o Rio do Carmo, no qual percorreu mais 22 km, e chegar ao Rio Doce, no qual viajou mais algumas centenas de quilômetros até chegar ao mar, 16 dias depois, no norte do Espírito Santo. No total, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 663 km de rios foram diretamente impactados.

No trajeto, aproximadamente 40 bilhões de litros de rejeitos de minério matou várias espécies de peixes. As causas do acidente ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas.

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