Leishmaniose faz bombeiros fecharem canil e sacrificar cães em BH

Rosildo Mendes - Hoje em Dia
14/11/2013 às 17:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:09
 (Tenente Érico Rodrigues de Souza/Divulgação)

(Tenente Érico Rodrigues de Souza/Divulgação)

O canil do Corpo de Bombeiros em Belo Horizonte foi desativado temporariamente. O motivo seria a transmissão da leishmaniose para os cães, o que obrigou a corporação a sacrificar quatro animais, no início deste ano. Os três que sobraram acabaram sendo doados ou devolvidos para os antigos donos. A doença pode ser transmitida para o ser humano. Os animais sacrificados eram utilizados nas ocorrências de busca, resgate, encontro de cadáver e salvamento de pessoas sob escombros em todo o Estado.    O canil ficava instalado no 2º Pelotão do Corpo de Bombeiros, no bairro Saudade, na região Leste da Capital, chegou a ter doze cães, mas no início deste ano tinha apenas sete. Além da doença, o tenente reformado Érico Rodrigues de Souza, que durante cinco anos comandou o pelotão, denuncia que o local vinha funcionando de forma precária há anos. Ele conta que antes de encerrar as atividades, os militares tiravam dinheiro do próprio bolso para cuidar dos cães. “Infelizmente o convênio com uma clínica veterinária foi cancelado no fim do ano passado. Até remédio e ração a gente tinha que comprar do nosso bolso”, recorda o militar.    O assessor do Corpo de Bombeiros, capitão Frederico Pascoal, confirma o fechamento do canil, destacando que a corporação está procurando outra área, que esteja livre da leishmaniose, para a instalação de uma casa para os animais. “Esse canil foi criado, em 2004, como um projeto piloto e que o fechamento foi devido à doença que atingiu os cães. Estamos trabalhando para voltar as atividades, mas ainda não há previsão de quando e se outros animais serão adquiridos antes”, explica.   Ao lado do pelotão do Corpo de Bombeiros, funciona o canil da Polícia Militar. Cerca de 200 animais da PM continuam em atividade, mas segundo o capitão eles não podem substituir os cães sacrificados ou doados, já que são treinados para outras finalidades como farejar drogas.   O Pascoal destaca ainda que a paralisação temporária das atividades do canil não vai afetar o trabalho dos bombeiros em Minas Gerais. “É ruim ficarmos sem os cães. Utilizávamos os animais para dois tipos de missões: buscas e para ajudar no resgate de pessoas em locais de difícil acesso”. Segundo ele, o serviço prestado pelos cães é importante, mas não vai atrapalhar nas ocorrências diárias de salvamento. “Temos um grupo especializados em situações especiais e se necessitarmos do auxílio de um cão, temos três treinados e disponíveis no canil de Uberaba, no Triângulo Mineiro”. 

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