Liberação de mais atividades econômicas deixa BH perto do que era antes da pandemia

Renata Evangelista (*)
rsouza@hojeemdia.com.br
27/08/2020 às 20:44.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:23
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Belo Horizonte está cada vez mais próxima da rotina que vivia antes da pandemia. Na segunda-feira, depois de 164 dias fechadas, as academias de ginástica e clínicas de estética reabrem as portas na cidade. Também na próxima semana, a partir do dia 4, bares e restaurantes poderão funcionar à noite e com permissão para vender bebidas alcoólicas, em dias determinados pela Justiça.

Mas o avanço da flexibilização não significa que as medidas sanitárias para conter a Covid-19 devem ser deixadas de lado. Pelo contrário! Se o afrouxamento da quarentena resultar em aumento de doentes, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, afirma que a prefeitura não irá “titubear” em fechar novamente a capital. Medida semelhante foi adotada em 29 de junho, um mês depois de o poder público ter autorizado o funcionamento de parte do comércio.

Distanciamento social, uso de máscara e higi-enização das mãos devem ser mantidos em todos os ambientes. “A pandemia não acabou. A doença é muito grave. De cem pessoas que se internam, 20 morrem. Não será o normal que tínhamos antes da pandemia, nosso modo de viver vai ter que mudar”, alertou o titular da pasta.

Obedecer às orientações sanitárias é essencial, complementou Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI) e membro do Comitê de Combate à Covid-19 de Belo Horizonte.

“É muito importante que essa flexibilização seja acompanhada de muita responsabilidade. Estamos tendo exemplos de estados que tiveram uma flexibilização muito exagerada e agora estão sofrendo com novo aumento do número de infecções”.

Decreto com normas para academias, clínicas de estética, bares e restaurantes deverá ser publicado pela prefeitura neste sábado

Prolongado

Em Belo Horizonte, a reabertura de mais atividades ocorre após análise de critérios técnicos, como o índice de transmissão do novo coronavírus e ocupação de leitos de UTI e enfermaria por pacientes com Covid-19, e vem para “mitigar impactos econômicos”, destaca o secretário municipal de Planejamento, Orçamentos e Gestão, André Reis. Segundo ele, o fechamento prolongado buscou salvar vidas.

Quem se viu obrigado a fechar as portas por conta da pandemia se diz aliviado com a liberação do funcionamento pela prefeitura. “Estamos com muita expectativa. Acreditamos que muitos alunos sedentários virão, pois estão valorizando a práticas das atividades físicas”, frisou Fabiana Almeida, proprietária da rede BHFitness, que tem três unidades na cidade. 

Os preparativos para receber os clientes já começaram. A empresária garante que os protocolos sanitários, tanto nacionais quanto internacionais, estão sendo levados em conta.

(*) Colaborou Renata Galdino

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