Ligação Pedro II entre Tancredo Neves está pronta, mas com obras à vista

Danilo Emerich - Do Hoje em Dia
05/07/2012 às 12:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:20
 (Amadeu Batista)

(Amadeu Batista)

Entregue com mais de um ano e meio de atraso, a ligação entre as avenidas Pedro II e Tancredo Neves, em Belo Horizonte, inaugura um novo corredor viário na cidade, possibilitando o acesso direto entre o Centro e as regiões Noroeste e Pampulha. Um terceiro “braço”, a avenida João XXIII, completa o complexo, fazendo a interligação com a avenida Abílio Machado. No entanto, a obra, orçada em R$ 150 milhões, sofrerá novas intervenções em breve, pois não contemplou as alças junto ao Anel Rodoviário.

Os acessos só estão previstos no projeto de revitalização da rodovia, gerida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ainda sem data de início. O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Murilo Valadares, reconheceu a importância das alças e justificou a ausência delas pela limitação de verbas. “Novos viadutos e acessos serão construídos pelo Dnit durante a revitali-zação do Anel”, disse. Na inauguração, marcada pelo tom eleitoral, moradores questionaram a falta de sinalização na avenida Tancredo Neves e a necessidade de mais linhas de ônibus.

No local, passarão apenas quatro linhas geridas pela BHTrans (404, 3501-A, 3501-B e 9411). Já o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) informou que, por enquanto, nenhuma linha que atende a região metropolitana passará pelo local. Segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor César, um monitoramento levantará as deficiências e as adequações a serem feitas.

Ele ressaltou que a união das vias irá desafogar em 28% as avenidas Catalão, Conceição do Mato Dentro, Padre Eustáquio e Abílio Machado. Já o trecho da avenida Dom Pedro II, entre o Anel Rodoviário e a avenida Catalão, terá um aumento de fluxo de 32%, onde passam 68 mil veículos por dia. “A região receberá mais coletivos com a nova Estação BHBus. Haverá ganho de tempo no trânsito”, garantiu.

Escoamento

Especialistas em trânsito elogiaram a ligação. Para o mestre em transportes Silvestre de Andrade Filho, a via dará acessibilidade para os bairros Ouro Preto e Castelo, na Pampulha, e aliviará avenidas próximas. Para Ronaldo Gou-vêa, especialista em transporte e tráfego urbano da UFMG, qualquer ligação entre avenidas que possa drenar o trânsito é boa, “mas o investimento necessário é em transporte público”, salienta. “Estamos sem coletivos para chegar à Pampulha”, reclamou o líder comunitário Paulo Roberto de Oliveira. Para fazer a obra, 1.800 famílias foram reassentadas em conjuntos habitacionais e outras 400, indenizadas.

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